CONCLAVE :
1-SIGNIFICADO
2-OBJETIVO
3-COMO ACONTECE
4- A VOTAÇÃO
5-SIGNIFICADO DA COR
DA FUMAÇA
6-OS RITOS DO CONCLAVE APÓS A ELEIÇÃO DO NOVO PAPA
7- O NOME DO PAPA
8- O FIM DO CONCLAVE
1-SIGNIFICADO
A
PALAVRA CONCLAVE É UTILIZADA DESDE O SÉCULO XIII, QUANDO FOI INSTITUÍDO O ISOLAMENTO DOS CARDEAIS PARA A VOTAÇÃO DO
NOVO PONTÍFICE.
ELA VEM DO LATIM “CUM CLAVE”
E SIGNIFICA “COM CHAVE” OU “QUARTO FECHADO”, PARA EVIDENCIAR O
CARÁTER SECRETO DO EVENTO.
ELA VEM DO LATIM “CUM CLAVE”
E SIGNIFICA “COM CHAVE” OU “QUARTO FECHADO”, PARA EVIDENCIAR O CARÁTER SECRETO DO EVENTO
Um conclave deve começar
entre 15 e 20 dias depois da renúncia ou morte do Papa.
O intervalo denomina-se novemdiales.
Este período termina com a missa Pro Eligendo
Papa, com a presença de todos os Cardeais na Basílica
de São Pedro na mesma manhã em que começa o conclave.
2-OBJETIVO
O CONCLAVE É UM RITUAL
PRATICAMENTE INALTERADO DESDE HÁ OITO SÉCULOS: foi o Papa Gregório X que usou
pela primeira vez a palavra em 1274 e
instituiu a base dos atuais conclaves. Isto deveu-se à demorada sucessão do Papa Clemente IV, que
demorou mais de um ano e meio.
O PAPA QUIS ENTÃO PREVENIR QUE A ESCOLHA DO
SUMO PONTÍFICE NÃO DEMORASSE TANTO TEMPO, OBRIGANDO QUE A REUNIÃO TIVESSE DE
SER CONCLUSIVA.
Um conclave deve começar entre
15 e 20 dias depois da renúncia ou morte do Papa
É
normal que os conclaves durem entre 2 a 5 dias (entre os do século XX o mais rápido foi
o de 1939 que elegeu Pio XII em dois dias e três
votações e o mais demorado o de 1922 que
elegeu Pio XI em cinco dias e
catorze votações.
Os
conclaves mais antigos tanto poderiam arrastar-se longamente (como o da eleição do Papa Celestino V entre 1292 e 1294 que demorou 27 meses) ou ficar decididos
em poucas horas, como o de 1503 de
onde saiu eleito o Papa Júlio
II.
O COLÉGIO DOS CARDEAIS FICA RESPONSÁVEL
POR ESCOLHER QUEM SERÁ O PRÓXIMO PAPA.
3-COMO ACONTECE
OS CARDEAIS COM MENOS DE 80 ANOS VOTAM
NA ESCOLHA DO LÍDER RELIGIOSO.
ESSE PROCESSO DE VOTAÇÃO, QUE ACONTECE NA
CAPELA SISTINA, É SECRETO E A PORTAS FECHADAS.
OS
CARDEAIS FICAM ISOLADOS DE TUDO ENQUANTO O CONCLAVE ACONTECE.
área externa da Capela Sistina |
PORÉM, OS CARDEAIS NÃO FICARÃO
TRANCADOS NA CAPELA SISTINA POR TODO O CONCLAVE;
mas, mesmo enquanto estiverem fora de
sessão, não terão acesso a televisão, rádio ou telefone
durante o processo de eleição.
Os cardeais ficarão na Casa de Santa
Marta, que fica a 300 metros da Capela Sistina.
É
permitido também , a participação dos cardeais com mais de 80 anos nas
discussões que acontecem dentro do Conclave, impedindo-os, entretanto, de
votar.
(Essa
eleição papal está sujeita às regras definidas no documento Universi Dominici
Gregis, uma Constituição Apostólica do Papa João Paulo II, lançada em 1996)
vista interna da Capela Sistina |
4- A
VOTAÇÃO
COMO ACONTECE A VOTAÇÃO
Todos os Cardeais permanecem
isolados.
Antes de começar o Conclave eles juram que
seguirão todas as regras e que guardarão segredo sobre a eleição.
A pena
para quem não guarda segredo é a excomunhão.
Três
Cardeais são, então, eleitos escrutinadores ( que conferem e contam os votos), para ocupar a mesa onde
serão apurados os votos, e outros três são escolhidos para revisar o processo.
É
entregue a cada Cardeal uma cédula com espaço para escrever o nome do
escolhido, em cuja parte superior se encontra, a frase Eligo in summum pontificem (Elejo como Sumo Pontífice, em latim).
Cada
eleitor ( cardeal) leva o papel, de uma
forma visível, até o altar da Capela Sistina.
Antes
de deixar seu voto em uma espécie de prato, que servirá para despejar o voto em
uma urna, o
Cardeal deve dizer em voz alta “Invoco como testemunha Cristo Senhor, o qual
há de julgar que o meu voto é dado àquele que, segundo Deus, julgo que deve ser
eleito”.
Os
votos são colocados na urna e depois contados.
O primeiro Cardeal escrutinador pega uma
cédula, lê o nome do escolhido e passa para o segundo. Este confirma o nome e
repassa o papel para o terceiro que, por sua vez, anota o nome numa folha e o
lê em voz alta, para que todos os eleitores possam anotar também.
É
verificado se o número de votos corresponde ao número de Cardeais presentes.
Em
seguida, os papéis são queimados na estufa, com chaminé, da Capela Sistina.
PARA SER ELEITO PAPA, O CANDIDATO DEVE
TER, PELO MENOS, 2/3 DOS VOTOS.
Segundo
as novas normas estabelecidas pelo Papa João Paulo II em 1996, se não há um eleito após três dias de
votação, se realizará uma pausa de um dia; ao fim de outros sete
escrutínios ocorre outra pausa de um dia; se
o impasse se mantém após mais sete votações, que acontecem em três dias, a
eleição faz-se por maioria simples.
5-SIGNIFICADO DA COR DA FUMAÇA
fumaça branca da chaminé da capela Sistina |
Se
nenhum candidato tiver alcançado a maioria, a fumaça deve sair preta; mas, caso um cardeal seja eleito, a fumaça deve sair branca anunciando para toda a
Igreja que o novo Papa foi escolhido.
6-OS RITOS DO CONCLAVE APÓS A ELEIÇÃO DO NOVO PAPA
Quando os cardeais eleitores tiverem concluído com êxito a eleição, o Ordo Rituum Conclavis (Ritos do Conclave), de acordo com a Constituição Apostólica, assinala que o último dos cardeais diáconos chamará à Capela Sistina o Secretário do Colégio dos Cardeais, o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias e dois cerimonialistas.
Então
o Cardeal Decano ou, em sua ausência, o Subdecano ou o Primeiro dos Cardeais
por ordem de antigüidade, em nome de todo o Colégio dos eleitores pedirá o consentimento do eleito com as
seguintes palavras: “Acceptasne electionem de te canonice factam in Summum
Pontificem?” (“Aceitas tua eleição canônica para Sumo Pontífice?”, em
latim).
7- O NOME DO PAPA
Enquanto
tiver recebido o consentimento por parte do eleito, perguntará: “Quo nomine vis vocari?” (“Com que nome
queres ser chamado?”, também em latim).
E já
Sumo Pontífice, indicará o nome por ele decidido, com as seguintes palavras ou
outras parecidas: “Vocabor N.” (“Chamar-me-ei N.”,
em latim).
Neste
momento, o Mestre de Celebrações Litúrgicas Pontifícias, atuando como notário e
tendo como testemunhas dois cerimonialistas, levantará ata da aceitação do novo
Pontífice e do nome que tomou.
Também
ao finalizar a eleição, será redigido um escrito, que deve ser aprovado pelos
três cardeais assistentes, no qual declara o resultado das votações de cada
sessão.
“Este
escrito será entregue ao Papa e, depois, será conservado no arquivo
correspondente, selado, que não poderá ser aberto por ninguém, a não ser que o
Sumo Pontífice permita explicitamente” (UDG 71).
Não
se contempla que o eleito deva prestar nenhum tipo de juramento ao aceitar. De fato, os cardeais eleitores, ao entrar no Conclave e antes
de proceder à eleição, já haviam jurado:
“PROMETEMOS,
OBRIGAMO-NOS E JURAMOS QUE QUEM QUER DE NÓS QUE, POR DISPOSIÇÃO DIVINA, SEJA
ELEITO ROMANO PONTÍFICE, COMPROMETER-SE-Á A DESEMPENHAR FIELMENTE O MUNUS
PETRINUM DE PASTOR DA IGREJA UNIVERSAL E NÃO DEIXARÁ DE AFIRMAR E DEFENDER
DENOMINADAMENTE OS DIREITOS ESPIRITUAIS E TEMPORAIS, ASSIM COMO A LIBERDADE DA
SANTA SÉ”.
Será
após a aceitação que se queimarão os papéis com os quais se votou no último
escrutínio e as notas.
8- O FIM DO
CONCLAVE
“O
Conclave se concluirá imediatamente depois que o novo Sumo Pontífice eleito
tiver dado o consentimento a sua eleição, salvo que ele mesmo disponha outra
coisa” (UDG 91).
A FUMAÇA BRANCA QUE SAIRÁ DA CHAMINÉ PROCEDENTE DA CAPELA SISTINA
INDICARÁ AOS FIÉIS NO EXTERIOR O ÊXITO DA ELEIÇÃO.
O PAPA RECÉM ELEITO
APARECERÁ À VARANDA DA BASÍLICA. O SEU PRIMEIRO GESTO É A BÊNÇÃO URBI ET ORBI, LANÇADA SOBRE
A CIDADE DE ROMA E O MUNDO.
TEXTO COM ADAPTAÇÕES FEITAS POR MARIZETE CAJAIBA ,
SENDO QUE AS INFORMAÇÕES FORAM RETIRADAS DOS SEGUINTES
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