quinta-feira, 29 de maio de 2014

: TEMA PARA ALERTA AOS ADOLESCENTES : ADOLESCENTES COMEÇAM A BEBER CADA VEZ MAIS CEDO / OS DADOS SOBRE O TEMA SÃO PREOCUPANTES /AS BEBIDAS ALCOÓLICAS ESTÃO CADA VEZ MAIS PRESENTES NA ROTINA DOS ADOLESCENTES. Sem limites e sem conhecimento dos pais / OS JOVENS NÃO ENXERGAM A BEBIDA COMO ALGO RUIM POR CAUSA DA LEGALIDADE DA BEBIDA E DO FÁCIL ACESSO / APESAR DA LEGISLAÇÃO, A DIFICULDADE PARA COMPRAR UMA BEBIDA É QUASE INEXISTENTE.

ADOLESCENTES COMEÇAM A BEBER CADA VEZ MAIS CEDO / OS DADOS SOBRE O TEMA SÃO PREOCUPANTES /AS BEBIDAS ALCOÓLICAS ESTÃO CADA VEZ MAIS PRESENTES NA ROTINA DOS ADOLESCENTES. Sem limites e sem conhecimento dos pais, jovens em idade escolar têm acesso livre aos drinques carregados de álcool em festas de formatura, baladas ou bares/ “PROMOVER FESTAS DE 15 ANOS COM ÁLCOOL É ALGO EXTREMAMENTE EQUIVOCADO. JOVENS MENORES DE 18 ANOS NÃO DEVEM – E NÃO PODEM TOMAR / OS JOVENS NÃO ENXERGAM A BEBIDA COMO ALGO RUIM POR CAUSA DA LEGALIDADE DA BEBIDA E DO FÁCIL ACESSO / APESAR DA LEGISLAÇÃO, A DIFICULDADE PARA COMPRAR UMA BEBIDA É QUASE INEXISTENTE.




ADOLESCENTES COMEÇAM A BEBER CADA VEZ 
MAIS CEDO


NO BRASIL, 80% DOS ADOLESCENTES JÁ BEBERAM ALGUMA VEZ NA VIDA E 22% DOS JOVENS ESTÃO SOB RISCO DE DESENVOLVER DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL. O QUE OS PAIS PODEM FAZER?
Natalia Cuminale

Júlio deu o primeiro gole em uma bebida alcoólica aos 12 anos. O pai deixou que ele experimentasse um pouco do vinho durante um jantar. Aos 14, ele já conhecia os efeitos de um porre. E, aos 16, o estudante acumulava histórias e vexames por conta do excesso de bebida. Desde uma briga com a namorada – ele foi colocado para fora da festa por um segurança - até um striptease no balcão de um bar. Mas, para os pais, o garoto é um santo.
“Na frente deles, em festas de família, eu só bebo moderadamente. Na vida real, para ser descolado, todo mundo tem que beber”, diz.  





CERVEJA, VODCA, VINHO E UÍSQUE. PROIBIDAS PARA MENORES DE 18 ANOS, AS BEBIDAS ALCOÓLICAS ESTÃO CADA VEZ MAIS PRESENTES NA ROTINA DOS ADOLESCENTES.

Sem limites e sem conhecimento dos pais, jovens em idade escolar têm acesso livre aos drinques carregados de álcool em festas de formatura, baladas ou bares.

“OS JOVENS NÃO ENXERGAM A BEBIDA COMO ALGO RUIM POR CAUSA DA LEGALIDADE DA BEBIDA E DO FÁCIL ACESSO. O QUE ELES NÃO SABEM É QUE O ÁLCOOL PODE CAUSAR VÁRIOS DANOS À SAÚDE E TAMBÉM É UMA PORTA DE ENTRADA PARA OUTRAS DROGAS”, explica Ilana Pinsky, vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead).

APESAR DA LEGISLAÇÃO, A DIFICULDADE PARA COMPRAR UMA BEBIDA É QUASE INEXISTENTE.
Ao contrário, a compra é facilitada. Adolescentes frequentam festas conhecidas como open-barem que alguns tipos de bebidas são distribuídas livremente para quem pagou o valor da entrada. Organizadas por empresas especializadas em eventos, essas festas são um paraíso para os teens.
“Em geral, eles não pedem o meu documento. Quando alguém pede meu RG, mostro o documento falsificado”, conta Roberta, 16 anos, primeiro trago aos 14. Ela gasta R$ 50 de sua mesada quando vai a uma balada open-bar, com direito a beber água, refrigerante, cerveja, catuaba, vodca e jurupinga (uma espécie de combinação de vinhos) à vontade.
Segundo pesquisa divulgada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 80% dos adolescentes já beberam alguma vez na vida e 33% dos alunos do ensino médio consumiram álcool excessivamente no mês anterior à pesquisa.

Outro estudo, realizado pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) com universitários, mostrou que 22% dos jovens estão sob risco de desenvolver dependência de álcool.

MAIS UM INDÍCIO: DE ACORDO COM O DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO DOS ALCOÓLICOS ANÔNIMOS, O NÚMERO DE JOVENS EM BUSCA DAS REUNIÕES AUMENTOU SIGNIFICATIVAMENTE NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS.
 “Era um cenário esperado. Os jovens consomem muito álcool e há uma preocupação, do ponto de vista médico, porque isso ocorre cada vez mais cedo”, diz o médico Arthur Guerra de Andrade, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e autor do estudo do Senad.

BEBER DEMAIS NÃO É UMA CARACTERÍSTICA APENAS DO JOVEM BRASILEIRO.
Nos Estados Unidos, uma pesquisa feita com adolescentes com idades entre 14 e 17 anos revelou que 39% declararam ter consumido álcool no mês que antecedeu o estudo - número 11% maior do que encontrado no levantamento anterior, realizado em 2008.
Outro levantamento realizado no Reino Unido mostrou que 29% dos jovens com 16 e 17 anos afirmaram ter bebido alguma vez na vida porque estavam entediados. 




COMPANHIA PATERNA



- QUASE METADE DOS ADOLESCENTES 

EXPERIMENTOU ÁLCOOL PELA PRIMEIRA VEZ

 PORQUE OS PAIS OFERECERAM.

 “PROMOVER FESTAS DE 15 ANOS COM ÁLCOOL É ALGO EXTREMAMENTE EQUIVOCADO. JOVENS MENORES DE 18 ANOS NÃO DEVEM – E NÃO PODEM TOMAR. AO FAZER ISSO, VOCÊ DÁ UMA NOÇÃO DE QUE BEBER COM ESSA IDADE É NORMAL E ACEITÁVEL”, diz Pinsky.

“Quanto mais precoce o uso do álcool, maior o risco de dependência. O consumo de qualquer droga altera funcionamento cerebral. Essa alteração predispõe a outros distúrbios comportamentais”, explica a psiquiatra Analice Gigliotti, chefe do setor de dependência química da Santa Casa do Rio de Janeiro.
No cérebro, o álcool age principalmente no hipocampo, pequena estrutura localizada nos lobos temporais, principal sede da memória, segundo explica Célia Roesler, neurologista da Academia Brasileira de Neurologia.

“Quando um adolescente bebe muito, acaba causando danos nesse hipocampo. Assim, a memória fica ruim e prejudica o aprendizado e a motivação”, diz Roesler.
A JUSTIFICATIVA GERAL DOS ADOLESCENTES PARA O CONSUMO DA BEBIDA DURANTE AS SAÍDAS É A CORAGEM.
O ÁLCOOL BLOQUEIA A INIBIÇÃO. COISAS QUE UMA PESSOA NÃO FARIA SÓBRIA, ELA FAZ ALCOOLIZADA. E ISSO É UM GRANDE RISCO”, completa Roesler.


OS MÉDICOS SÃO UNÂNIMES EM AFIRMAR QUE O CORPO DE UM ADOLESCENTE NÃO ESTÁ PREPARADO PARA INGESTÃO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS E QUE NÃO EXISTEM DOSES SEGURAS PARA O CONSUMO.

“EM PRIMEIRO LUGAR, BEBER EM EXCESSO NÃO FAZ BEM PARA NINGUÉM. PIOR PARA OS ADOLESCENTES, QUE ESTÃO PASSANDO PELO PERÍODO DE CRESCIMENTO, EM QUE TODAS AS CÉLULAS DO CORPO ESTÃO SE DESENVOLVENDO.

O ÁLCOOL ENVENENA TODAS ESSAS CÉLULAS E PODE ACARRETAR DANOS A TODOS OS ÓRGÃOS EM FORMAÇÃO”, diz Mauricio Castro de Souza Lima, hebiatra (médico especialista em adolescência) do Instituto da Criança.



TEMA PARA REUNIÃO DE PAIS COM OS ADOLESCENTES : COMO A FAMÍLIA PODE PREVENIR O USO DA BEBIDA ALCOÓLICA POR SEUS FILHOS ADOLESCENTES / HÁ INDICATIVOS DE QUE ESTÁ DIMINUINDO A IDADE EM QUE AS PESSOAS COMEÇAM A BEBER. MUITOS ALCOÓLATRAS COMEÇAM A BEBER AOS 13 ANOS DE IDADE ( E NA MAIORIA DAS VEZES, SEM CONHECIMENTO DOS PAIS)

ADOLESCENTES COMEÇAM A BEBER CADA VEZ MAIS CEDO / OS DADOS SOBRE O TEMA SÃO PREOCUPANTES /AS BEBIDAS ALCOÓLICAS ESTÃO CADA VEZ MAIS PRESENTES NA ROTINA DOS ADOLESCENTES. Sem limites e sem conhecimento dos pais, jovens em idade escolar têm acesso livre aos drinques carregados de álcool em festas de formatura, baladas ou bares/ “PROMOVER FESTAS DE 15 ANOS COM ÁLCOOL É ALGO EXTREMAMENTE EQUIVOCADO. JOVENS MENORES DE 18 ANOS NÃO DEVEM – E NÃO PODEM TOMAR / OS JOVENS NÃO ENXERGAM A BEBIDA COMO ALGO RUIM POR CAUSA DA LEGALIDADE DA BEBIDA E DO FÁCIL ACESSO / APESAR DA LEGISLAÇÃO, A DIFICULDADE PARA COMPRAR UMA BEBIDA É QUASE INEXISTENTE.





ADOLESCENTES COMEÇAM A BEBER CADA VEZ MAIS CEDO


NO BRASIL, 80% DOS ADOLESCENTES JÁ BEBERAM ALGUMA VEZ NA VIDA E 22% DOS JOVENS ESTÃO SOB RISCO DE DESENVOLVER DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL. O QUE OS PAIS PODEM FAZER?
Natalia Cuminale


Júlio deu o primeiro gole em uma bebida alcoólica aos 12 anos. O pai deixou que ele experimentasse um pouco do vinho durante um jantar. Aos 14, ele já conhecia os efeitos de um porre. E, aos 16, o estudante acumulava histórias e vexames por conta do excesso de bebida. Desde uma briga com a namorada – ele foi colocado para fora da festa por um segurança - até um striptease no balcão de um bar. Mas, para os pais, o garoto é um santo.
“Na frente deles, em festas de família, eu só bebo moderadamente. Na vida real, para ser descolado, todo mundo tem que beber”, diz.  




CERVEJA, VODCA, VINHO E UÍSQUE. PROIBIDAS PARA MENORES DE 18 ANOS, AS BEBIDAS ALCOÓLICAS ESTÃO CADA VEZ MAIS PRESENTES NA ROTINA DOS ADOLESCENTES.
Sem limites e sem conhecimento dos pais, jovens em idade escolar têm acesso livre aos drinques carregados de álcool em festas de formatura, baladas ou bares.

“OS JOVENS NÃO ENXERGAM A BEBIDA COMO ALGO RUIM POR CAUSA DA LEGALIDADE DA BEBIDA E DO FÁCIL ACESSO. O QUE ELES NÃO SABEM É QUE O ÁLCOOL PODE CAUSAR VÁRIOS DANOS À SAÚDE E TAMBÉM É UMA PORTA DE ENTRADA PARA OUTRAS DROGAS”, explica Ilana Pinsky, vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead).


APESAR DA LEGISLAÇÃO, A DIFICULDADE PARA COMPRAR UMA BEBIDA É QUASE INEXISTENTE.
Ao contrário, a compra é facilitada. Adolescentes frequentam festas conhecidas como open-barem que alguns tipos de bebidas são distribuídas livremente para quem pagou o valor da entrada. Organizadas por empresas especializadas em eventos, essas festas são um paraíso para os teens.
“Em geral, eles não pedem o meu documento. Quando alguém pede meu RG, mostro o documento falsificado”, conta Roberta, 16 anos, primeiro trago aos 14. Ela gasta R$ 50 de sua mesada quando vai a uma balada open-bar, com direito a beber água, refrigerante, cerveja, catuaba, vodca e jurupinga (uma espécie de combinação de vinhos) à vontade.
Segundo pesquisa divulgada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 80% dos adolescentes já beberam alguma vez na vida e 33% dos alunos do ensino médio consumiram álcool excessivamente no mês anterior à pesquisa.

Outro estudo, realizado pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) com universitários, mostrou que 22% dos jovens estão sob risco de desenvolver dependência de álcool.

MAIS UM INDÍCIO: DE ACORDO COM O DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO DOS ALCOÓLICOS ANÔNIMOS, O NÚMERO DE JOVENS EM BUSCA DAS REUNIÕES AUMENTOU SIGNIFICATIVAMENTE NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS.
 “Era um cenário esperado. Os jovens consomem muito álcool e há uma preocupação, do ponto de vista médico, porque isso ocorre cada vez mais cedo”, diz o médico Arthur Guerra de Andrade, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e autor do estudo do Senad.

BEBER DEMAIS NÃO É UMA CARACTERÍSTICA APENAS DO JOVEM BRASILEIRO.
Nos Estados Unidos, uma pesquisa feita com adolescentes com idades entre 14 e 17 anos revelou que 39% declararam ter consumido álcool no mês que antecedeu o estudo - número 11% maior do que encontrado no levantamento anterior, realizado em 2008.
Outro levantamento realizado no Reino Unido mostrou que 29% dos jovens com 16 e 17 anos afirmaram ter bebido alguma vez na vida porque estavam entediados. 




COMPANHIA PATERNA






- QUASE METADE DOS ADOLESCENTES EXPERIMENTOU ÁLCOOL PELA PRIMEIRA VEZ PORQUE OS PAIS OFERECERAM.

 “PROMOVER FESTAS DE 15 ANOS COM ÁLCOOL É ALGO EXTREMAMENTE EQUIVOCADO. JOVENS MENORES DE 18 ANOS NÃO DEVEM – E NÃO PODEM TOMAR. AO FAZER ISSO, VOCÊ DÁ UMA NOÇÃO DE QUE BEBER COM ESSA IDADE É NORMAL E ACEITÁVEL”, diz Pinsky.

“Quanto mais precoce o uso do álcool, maior o risco de dependência. O consumo de qualquer droga altera funcionamento cerebral. Essa alteração predispõe a outros distúrbios comportamentais”, explica a psiquiatra Analice Gigliotti, chefe do setor de dependência química da Santa Casa do Rio de Janeiro.

No cérebro, o álcool age principalmente no hipocampo, pequena estrutura localizada nos lobos temporais, principal sede da memória, segundo explica Célia Roesler, neurologista da Academia Brasileira de Neurologia.

“Quando um adolescente bebe muito, acaba causando danos nesse hipocampo. Assim, a memória fica ruim e prejudica o aprendizado e a motivação”, diz Roesler.
A JUSTIFICATIVA GERAL DOS ADOLESCENTES PARA O CONSUMO DA BEBIDA DURANTE AS SAÍDAS É A CORAGEM.
O ÁLCOOL BLOQUEIA A INIBIÇÃO. COISAS QUE UMA PESSOA NÃO FARIA SÓBRIA, ELA FAZ ALCOOLIZADA. E ISSO É UM GRANDE RISCO”, completa Roesler.


OS MÉDICOS SÃO UNÂNIMES EM AFIRMAR QUE O CORPO DE UM ADOLESCENTE NÃO ESTÁ PREPARADO PARA INGESTÃO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS E QUE NÃO EXISTEM DOSES SEGURAS PARA O CONSUMO.

“EM PRIMEIRO LUGAR, BEBER EM EXCESSO NÃO FAZ BEM PARA NINGUÉM. PIOR PARA OS ADOLESCENTES, QUE ESTÃO PASSANDO PELO PERÍODO DE CRESCIMENTO, EM QUE TODAS AS CÉLULAS DO CORPO ESTÃO SE DESENVOLVENDO.

O ÁLCOOL ENVENENA TODAS ESSAS CÉLULAS E PODE ACARRETAR DANOS A TODOS OS ÓRGÃOS EM FORMAÇÃO”, diz Mauricio Castro de Souza Lima, hebiatra (médico especialista em adolescência) do Instituto da Criança.







FORMAÇÃO PARA CATEQUISTAS - ( PODE SER TEMA PARA REUNIÃO DE PAIS ) : PARA ENSINAR PARA ADOLESCENTES : ENTENDA-OS PRIMEIRAMENTE - A crise de autoridade, na adolescência, é algo bastante forte e se caracteriza pelo confronto. Há uma atitude de rebeldia e muitas vezes até de desrespeito para com o adulto, especialmente para com os pais e outras pessoas que têm autoridade ou exercem determinada função

PARA ENSINAR PARA ADOLESCENTES : ENTENDA-OS PRIMEIRAMENTE - A crise de autoridade, na adolescência, é algo bastante forte e se caracteriza pelo confronto. Há uma atitude de rebeldia e muitas vezes até de desrespeito para com o adulto, especialmente para com os pais e outras pessoas que têm autoridade ou exercem determinada função. A oposição visa, primeiramente e, sobretudo o meio familiar: o adolescente, para provar a si mesmo a sua independência, defende sempre posições contrárias às de seus pais e outros adultos. Ele também não aceita ser orientado na escolha dos amigos, das leituras, diversões e posições. O adolescente é um eterno reivindicador.



PARA ENSINAR PARA  ADOLESCENTES : ENTENDA-OS PRIMEIRAMENTE
 
INTRODUÇÃO
A adolescência é uma fase muito importante na vida de uma pessoa. É um período que não pode ser considerado uma mera transição entre a infância e a fase adulta. É uma etapa onde ocorrem as mais diversas transformações a nível físico, intelectual, emocional e social. A adolescência é um processo dinâmico de metamorfose que transforma o ser criança em um ser adulto.
I. DEFINIÇÃO DE ADOLESCÊNCIA

A adolescência é um período da vida que se estende entre a fase da infância e a fase adulta. Ela é um processo dinâmico e não um estado. É um estágio onde acontece um período radical de transição que deve ser vivido com naturalidade e intensidade pelo adolescente e um tempo especial onde os adultos precisam compreendê-lo em suas inquietações.
A adolescência é considerada um fenômeno de caráter psicológico e social com diferentes particularidades que variam de acordo com o contexto no qual o adolescente está inserido.
A palavra adolescência deriva do latim ad (a, para) e olescer (crescer), caracterizando, portanto, o processo dinâmico que o indivíduo apresenta na sua aptidão de crescer. A adolescência também tem raízes na palavra adolescer, de onde origina a palavra adoecer. Temos, pois, uma dupla etimológica: crescer no sentido físico e psíquico e adoecer com as transformações biológicas e mentais que se sucedem nesta fase da vida.
II. ETAPAS DA ADOLESCÊNCIA

Ao abordar o tema da adolescência, o autor José O. Outeiral fala de três etapas que não tem início e fim definidos com precisão e onde algumas características se confundem e outras não.

1. A ADOLESCÊNCIA INICIALEsta fase da adolescência tem o seu início em torno dos 10 anos estendendo-se até os 14 anos, aproximadamente. A principal caracterização deste período é a transformação corporal com as devidas alterações psíquicas.
Normalmente, nas meninas o amadurecimento ocorre mais cedo do que nos meninos. Esta fase é também denominada de adolescência puberal, por apresentar o início das mudanças da puberdade com todas as modificações físicas e psíquicas da adolescência.
Nesta etapa da adolescência, uma característica é o isolamento e há uma mudança no jeito afetivo do adolescente ser: ele se torna explosivo, suscetível, mal humorado e dorme muito. Ele se fecha em seu quarto ou até no banheiro por um vasto período. O adolescente torna-se monossilábico e a desobediência passa a ser a tônica principal. Além disso, inicia a desordem, a falta de asseio e a despreocupação de si mesmo.
2. A ADOLESCÊNCIA MÉDIA
A presente etapa vai dos 14 aos 16 ou 17 anos, aproximadamente. Tem como característica principal tudo que está relacionado com a sexualidade. Relevante também, nesta etapa, é o surgimento da importância do aspecto grupal. O adolescente centra seu modelo no relacionamento que ele tem com o seu grupo de colegas e amigos.
3. ADOLESCÊNCIA FINAL
Esta fase da adolescência vai dos 16 ou 17 aos 20 anos. Nesta etapa se estabelecem os novos vínculos com os pais e acontecem a adaptação ao novo corpo aos processos psíquicos do mundo adulto. Acontece também o rompimento da psicologia grupal e o adolescente busca uma maior independência onde ele procura inserir-se na sociedade em que vive.
III. CRISES NA ADOLESCÊNCIA

O termo "crise" origina do grego "krisis"e significa ato ou faculdade de distinguir, escolher, decidir ou resolver. O vocábulo é usado, pois, como parte integrante e positiva no processo de desenvolvimento do adolescente.
Tanto o menino como a menina que entra na adolescência inicia uma caminhada onde se dá lentamente o adeus à infância. O brinquedo, até então algo inseparável, começa a ser deixado de lado. Surge na memória um tempo que foi passando e que não voltará mais. Começa brotar um sentimento de perda que ocasiona a crise.
1. CRISE DE IDENTIDADE

A identidade é a consciência que a pessoa tem de si mesma como alguém que integra o mundo real existente.

A crise de identidade está centrada na necessidade que o adolescente tem de ser ele mesmo na procura de uma definição de seu self ("o self é tudo aquilo que sabemos, sentimos, vivenciamos como parte de nós mesmos. É tudo aquilo que nos conforma e compõe. É o objeto central do ego".), para assim romper com sua infância e conseguir se firmar como pessoa.

A crise de identidade é tida como ponto central na adolescência. A palavra crise é utilizada por haver uma mudança em ebulição, um processo de ruptura, de caos, que vai determinar a organização ou estruturação do indivíduo.

A identidade, na adolescência, se processa por uma série de identificações: num primeiro estágio, há uma forte identificação com a mãe, depois com o pai e com os outros membros da família e por último, há uma identificação com os professores, ídolos, e amigos.
2. CRISE DE AUTORIDADE

A crise de autoridade, na adolescência, é algo bastante forte e se caracteriza pelo confronto. Há uma atitude de rebeldia e muitas vezes até de desrespeito para com o adulto, especialmente para com os pais e outras pessoas que têm autoridade ou exercem determinada função.
A oposição visa, primeiramente e, sobretudo o meio familiar: o adolescente, para provar a si mesmo a sua independência, defende sempre posições contrárias às de seus pais e outros adultos. Ele também não aceita ser orientado na escolha dos amigos, das leituras, diversões e posições. O adolescente é um eterno reivindicador.
3. CRISE SEXUAL

A crise sexual é considerada a crise mais complexa da adolescência. Há, nesta fase, uma reelaboração total do mundo sexual que transforma a estrutura infantil em uma estrutura adulta.
Em meio a esta fase de transição, o adolescente se desenvolve lentamente, o que acontece em diversas etapas. Há inicialmente a maturidade das gônadas e a mudança genital.
A crise sexual se instala a partir das transformações do corpo, o que exige uma adaptação à nova realidade. De um momento para outro o corpo do menino e da menina começa a se transformar em um corpo de homem ou mulher. Tudo isto os torna impacientes e descontentes, pois a imagem que o adolescente tem de si mesmo não corresponde ao seu ideal estético. O crescimento desordenado causa desconforto. Braços, pernas, pés e mãos tornam-se grandes e compridos. Emagrecem e espicham, ultrapassando, muitas vezes, os pais. O nariz parece ao adolescente pouco estético. Surgem as espinhas, e o suor passa a exalar um forte cheiro. A voz se modifica e é motivo para brincadeiras maldosas que irritam o adolescente.
Toda esta insatisfação leva os adolescentes a crises de desespero, que são ainda mais forte porque, nesta época, o adolescente tem necessidade de agradar ao sexo oposto.
O adolescente precisa aceitar o seu novo corpo e viver em paz com ele para alcançar um bom nível de relações com os outros.
IV. DIFICULDADES NO CONVÍVIO COM ADOLESCENTES

Vimos até aqui a complexidade pela qual passa o adolescente em seu estado de metamorfose. A seguir, listaremos alguns aspectos que, se não observados, irão dificultar nossas relações para com eles neste período de total transformação pelo qual passam.
1. NÃO COMPREENDÊ-LOS

Ser compreensivo significa entender e captar os sentimentos do adolescente; é confiar em sua capacidade para ir adiante, é respeitar sua liberdade, respeitar sua intimidade, não julgá-lo, aceitá-lo como ele é, aceitá-lo tal como ele quer chegar a ser; é ver o outro como sujeito.
O adolescente precisa ser compreendido e aceito em sua maneira de ser e agir. Ele necessita de um ambiente acolhedor que o proteja e lhe mostre o caminho a ser seguido. O adulto é para o adolescente um refúgio necessário, mas ao mesmo tempo, alvo de agressão e destruição. É uma tarefa árdua, mas bela e gratificante, ser este adulto racional e maduro para um adolescente que está à procura de parâmetros que sirvam de modelo para sua afirmação como pessoa.
2. FALTA DE EMPATIA

No relacionamento humano é fundamental que se busque a compreensão do que a pessoa está dizendo e sentindo. É o que se chama de empatia. É sentir o que o outro sente; é ouvir a sua história como se fosse a minha. É a capacidade de dar-se conta das emoções e das mudanças internas da pessoa com a qual nos relacionamos. É colocar-se no lugar da pessoa.
Ao nos comunicarmos com o adolescente ou mesmo com outra pessoa qualquer, é certo que receberemos aquilo que estamos a lhe oferecer. Se nosso sentimento for de indiferença e apatia, é natural recebermos algo semelhante em troca.
A empatia requer a aceitação incondicional do outro: isso quer dizer que o aceito como ele é procurando aceitar todos os aspectos de sua pessoa: seus gestos, sua forma de falar, sua maneira de enfocar a vida, sua inteligência, seu corpo e seus atos. Isso faz com que eu não procure manipulá-lo, mudá-lo e favorece o outro a se expressar livremente e com confiança.
3. NÃO SENDO UMA PRESENÇA REAL

O adolescente percebe quando somos uma presença irreal, apenas de corpo ou se estamos totalmente com ele, sendo uma presença de corpo, "alma" e mente. O doar-se fará bem ao adolescente, mas talvez o grande beneficiado seja o adulto que irá desfrutar do convívio o que de melhor pode existir: a sinceridade e o amor à vida.
4. NÃO ENTENDENDO SEUS SENTIMENTOS

Assim como o adulto, o adolescente tem o direito de vivenciar e expressar o seu sentimento em relação ao mundo e às pessoas. É importante que o respeitemos, assim como ele é e assim como se expressa. O adolescente tem o direito de pensar, sentir e agir conforme seu coração, desde que isto não violente as formas de convivência.
5. Querer convencer o adolescente a partir de nossos pressupostos

Em nosso relacionamento com o adolescente, é fundamental que ele perceba que nos encontramos abertos para ouvi-lo e não para lhe impor nossas verdades. Estamos juntos para que haja uma troca de experiências e conhecimentos que enriquecerão nossas relações. Em uma relação nada pode ser imposto. Pode haver um compartilhar de idéias que permitirão uma troca mútua. O adolescente perceberá que os seus pressupostos têm valor, e não apenas os do adulto.
6. NÃO SENDO COERENTE

A coerência é imprescindível em toda e qualquer relação. Ser coerente é ter a coragem de ser o que se é, sem disfarces. O adolescente é especialista em perceber se somos coerentes com aquilo que falamos e fazemos. O não ser coerente nos tira a credibilidade para termos uma relação próxima com o adolescente.

7. NÃO ESCUTANDO O ADOLESCENTE


Escutar é diferente de ouvir. Nós ouvimos sons, ruídos ou palavras. Nós os ouvimos ainda sem querer quando alguém ou algo os emite. O escutar supõe uma disposição: é preciso querer escutar. Nós ouvimos sem querer; no entanto, para escutar é preciso querer fazê-lo.

O ADOLESCENTE, NO CONTATO CONOSCO, DEVE PERCEBER QUE NÓS O ESTAMOS OUVINDO DE CORPO INTEIRO E ISTO IMPLICA, CONFORME LUIZ ANTÔNIO RYZEWSKI, EM 3 HABILIDADES, CHAMADAS DE 
A.C.A., QUE DESCREVEREMOS A SEGUIR.
a)  
"A" de atender

Atender é estar ligado, atento, conectado. É receber a informação e nos certificar que estamos recebendo exatamente aquilo que o adolescente nos quer transmitir. É perceber também o sentido oculto das palavras, gestos e ações.

b)  
"C" de compreender

É o momento da interpretação do significado da mensagem expressa pelo adolescente. Nem sempre uma determinada palavra tem o mesmo significado para todas as pessoas. Deve ficar claro o que isto significa na linguagem usada pelo adolescente. A compreensão correta se dá se nos colocarmos no seu lugar.

c)  
"A" de avaliar

É quando refletimos sobre o que nos foi informado e a partir da avaliação vamos definir nossa reação frente a uma determinada situação.
 Devemos avaliar, não a partir dos nossos preconceitos, mas a partir do adolescente. Isto não significa concordar sempre com ele, mas respeitar sua opinião, dando a nossa, colocando argumentos prós e contra.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

ESTUDO SOBRE A ASCENSÃO DO SENHOR JESUS /O que é Ascensão: / 1 º DE JUNHO : A ideia do testemunho levou a Igreja a fazer da festa da Ascensão o dia dos meios de comunicação social ; A PROMESSA DO ESPÍRITO E A MISSÃO DE EVANGELIZAR. OS DISCÍPULOS NÃO DEVEM FICAR OLHANDO O CÉU, MAS DEVERÃO LEVAR A MENSAGEM DE JESUS AO MUNDO INTEIRO, “ATÉ OS CONFINS DA TERRA” / Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, 20 ensinando-os a obedecer a tudo o que eu ordenei a vocês. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos".


O que é Ascensão:

Ascensão significa subida ou elevação. Designa o ato de ascender. Uma promoção no emprego indica a ascensão do funcionário a um cargo mais elevado ou superior ao que anteriormente desempenhava.
Ascensão social representa elevação do estatuto social, uma mudança de uma classe social mais baixa para outra de nível superior.
A ascensão profissional da mulher é um fato cada vez mais evidente na sociedade.
No contexto religioso, ascensão e assunção são termos com significado equivalente. Para os cristãos, quando se fala em “Ascensão” há uma referência à subida de Jesus Cristo aos céus, data em que se comemora 40 dias após o domingo de páscoa. “Assunção de Maria” é também uma festa comemorativa da elevação da Virgem Maria aos céus após a sua morte. Em alguns países católicos, o acontecimento é comemorado no dia 15 Agosto, um feriado religiosos

Ascensão x ascenção

Por vezes, há alguma confusão na ortografia da palavra “ascensão”.

 ASCENSÃO deriva do verbo ascender e segue a regra de que os substantivos derivados de verbos com terminação “-nder” ou “-ndir” devem ser grafados com “s”. Outros exemplos: compreender – compreensão; expandir – expansão.

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS


1. I leitura (At 1,1-11)
1No meu primeiro livro, ó Teófilo, já tratei de tudo o que Jesus fez e ensinou, desde o começo, 2até o dia em que foi levado para o céu, depois de ter dado instruções pelo Espírito Santo, aos apóstolos que tinha escolhido. 3Foi a eles que Jesus se mostrou vivo, depois de sua paixão, com numerosas provas. Durante quarenta dias apareceu-lhes falando do Reino de Deus.
4Durante uma refeição, deu-lhes esta ordem: “Não vos afasteis de Jerusalém, mas esperai a realização da promessa do Pai, da qual vós me ouvistes falar: 5‘João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo, dentro de poucos dias’”.
6Então os que estavam reunidos perguntaram a Jesus: “Senhor, é agora que vais restaurar o Reino de Israel?”
7Jesus respondeu: “Não vos cabe saber os tempos e os momentos que o Pai determinou com a sua própria autoridade. 8Mas recebereis o poder do Espírito Santo que descerá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria, e até os confins da terra”.
9Depois de dizer isso, Jesus foi levado ao céu, à vista deles. Uma nuvem o encobriu, de forma que seus olhos não podiam mais vê-lo.
10Os apóstolos continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus subia. Apareceram então dois homens vestidos de branco,11que lhes disseram: “Homens da Galileia, por que ficais aqui parados, olhando para o céu? Esse Jesus que vos foi levado para o céu virá do mesmo modo como o vistes partir para o céu”.

A primeira leitura narra a ascensão de Jesus e a missão dos apóstolos segundo o livro dos Atos dos Apóstolos. Os dias entre a Páscoa e a ascensão formam “O RETIRO DE PREPARAÇÃO PARA O DESABROCHAR DA IGREJA”: 40 dias, como os 40 dias de Moisés e de Elias no Horeb, como os 40 anos de Israel no deserto. NESSES DIAS, JESUS DEU AS ÚLTIMAS INSTRUÇÕES AOS SEUS: A PROMESSA DO ESPÍRITO E A MISSÃO DE EVANGELIZAR. OS DISCÍPULOS NÃO DEVEM FICAR OLHANDO O CÉU, MAS DEVERÃO LEVAR A MENSAGEM DE JESUS AO MUNDO INTEIRO, “ATÉ OS CONFINS DA TERRA” (At 1,8), E PARA ISSO RECEBERÃO A FORÇA DO ESPÍRITO. ATÉ O SENHOR VOLTAR, SUA IGREJA SERÁ MISSIONÁRIA.

2. II leitura (Ef 1,17-23)

17 Peço que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o glorioso Pai, dê a vocês espírito de sabedoria e de revelação, no pleno conhecimento dele.
18 Oro também para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de que vocês conheçam a esperança para a qual ele os chamou, as riquezas da gloriosa herança dele nos santos
19 e a incomparável grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, conforme a atuação da sua poderosa força.
20 Esse poder ele exerceu em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e fazendo-o assentar-se à sua direita, nas regiões celestiais,
21 muito acima de todo governo e autoridade, poder e domínio, e de todo nome que se possa mencionar, não apenas nesta era, mas também na que há de vir.
22 Deus colocou todas as coisas debaixo de seus pés e o designou cabeça de todas as coisas para a igreja,
23 que é o seu corpo, a plenitude daquele que enche todas as coisas, em toda e qualquer circunstância.



Na exaltação do Cristo, revela-se a força de Deus. A carta aos Efésios se inicia com um hino de louvor (vv. 2-10), seguido por um enunciado sobre o plano da salvação (vv. 11-14) e uma súplica pelos fiéis (vv. 15-19), que se expande numa proclamação dos grandes feitos de Deus em Cristo (vv. 20-23). Essa súplica e contemplação constituem essa leitura .
 Deus ressuscitou Jesus e o fez cabeça da Igreja e do universo. A Igreja é seu “corpo”, ela o torna presente no mundo, ela é a presença atuante de Cristo no mundo. Celebrando a glorificação do Cristo, tomamos consciência de nossa própria vocação à glória. Também a oração do dia e os prefácios próprios falam nesse sentido.
Nestes tempos de “diminuição” da Igreja, podemos encontrar nessa leitura uma perspectiva maior e um ânimo mais firme. Cristo se completa em sua Igreja, e esta encontra no Senhor ressuscitado e glorioso a sua firmeza. Não há por que ficarmos medrosos e desanimados.

3. Evangelho (Mt 28,16-20)
16 Os onze discípulos foram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes indicara.
17 Quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.

18 Então, Jesus aproximou-se deles e disse: "Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra.
19 Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,
20 ensinando-os a obedecer a tudo o que eu ordenei a vocês. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos".


O evangelho é o final do Evangelho de Mateus. Traz as últimas palavras do Senhor ressuscitado: a despedida de Jesus e a missão dos apóstolos. Tudo isso à luz da compreensão que Mateus tem do evangelho. No início do evangelho, Jesus é entendido como aquele que realiza o sentido pleno da profecia do “Emanuel”, Deus-conosco (Mt 1,23). Depois, Mt 4,15-16 ressaltou que a atuação desse “Emanuel” se iniciou na “Galileia dos gentios”, primeiro destinatário da mensagem da salvação, realizando assim o sentido pleno de Is 8,23-9,1. Mas, durante sua missão terrestre, Jesus se restringiu a ovelhas perdidas de Israel (Mt 10,5-6). Agora, na cena final (28,16-20), o Senhor glorioso transcende os limites de Israel. Suas palavras finais significam o universalismo da missão dos apóstolos e da expansão da Igreja. Todos os povos serão discípulos de Cristo (assinalados pelo batismo). O fim do Evangelho de Mateus revela o sentido universal de todo o ensinamento nele consignado (cf. sobretudo o Sermão da Montanha, Mt 5-7).

Assim, ao celebrarmos a entrada de Jesus na glória, não celebramos uma despedida, mas um novo modo de presença; celebramos que ele é, realmente, o Emanuel, o Deus-conosco, para sempre e para todos (Mt 28,20). Esse novo modo de presença é um aperitivo da realidade final: assim como ele entra na sua glória, isto é, como Senhor glorioso, assim ele voltará, para concluir o curso da história (cf. At 1,11). Pouco importa como a gente imagina isso, o sentido é que, desde já, Jesus é o Senhor do universo e da história (cf. o salmo responsorial, Sl 47[46]) e nós, obedientes a sua palavra, colaboramos com o sentido definitivo que ele estabelece e há de julgar.

III. DICAS PARA REFLEXÃO: O senhorio de Jesus e a evangelização
Temos o costume de considerar a ascensão de Jesus (como também a ressurreição) principalmente como um milagre. Mas o sentido principal desse fato é o que exprimem os termos “exaltação” ou “enaltecimento”, a entronização de Jesus na glória de Deus. 
Esses termos, evidentemente figurativos, significam o seguinte : Os donos deste mundo haviam jogado Jesus lá embaixo (se não fosse José de Arimateia a sepultá-lo, seu corpo teria terminado na vala comum…). Mas Deus o colocou lá em cima, “à sua direita”. Deu-lhe o “poder” sobre o universo não só como “Filho do homem”, no fim dos tempos (cf. Mc 14,62), mas, desde já, por meio da missão universal daqueles que na fé aderem a ele. E nós participamos desse poder, pois Cristo não é completo sem o seu “corpo”, que é a Igreja, como nos ensina a II leitura.

Com a ascensão de Jesus, começa o tempo para anunciá-lo como Senhor de todos os povos. Mas não um senhor ditador! Seu “poder” não é o dos que se apresentam como donos do mundo. Jesus é o Senhor que se tornou servo e deseja que todos, como discípulos, o imitem nisso. Mandou que os apóstolos fizessem de todos os povos discípulos seus (evangelho). Nessa missão, ele está sempre conosco, até o fim dos tempos.


O testemunho cristão, que Jesus nos encomenda, não é triunfalista. É fruto da serena convicção de que, apesar de sua rejeição e morte infame, “Jesus estava certo”. Essa convicção se reflete em nossas atitudes e ações, especialmente na caridade. 

Assim, na serenidade de nossa fé e na vivência radical da caridade, damos um testemunho implícito. Mas é indispensável o testemunho explícito, para orientar o mundo àquele que é a fonte de nossa prática, o “Senhor” Jesus.

A ideia do testemunho levou a Igreja a fazer da festa da Ascensão o dia dos meios de comunicação social – a “mídia”: imprensa, rádio, televisão, internet. Para uma espiritualidade “ativa”, a comunidade eclesial deve se tornar presente na mídia. Como é possível que num país tão “católico” como o nosso haja tão pouco espírito cristão na mídia e tanto sensacionalismo, consumismo e até militância maliciosa em favor da opressão e da injustiça?
Ao mesmo tempo, para a espiritualidade mais “contemplativa”, o dia de hoje enseja um aprofundamento da consciência do “senhorio” de Cristo.

 Deus elevou Jesus acima de todas as criaturas, mostrando que ele venceu o mal mediante sua morte por amor e dando-lhe o poder universal sobre a humanidade e a história. Por isso, a Igreja recebe a missão de fazer de todas as pessoas discípulos de Jesus.


Uma ideia que permeia a liturgia deste dia (como de todo o tempo pascal) e se exprime na oração sobre as oferendas e na oração depois da comunhão é que o cristão deve viver com a mente no céu, comungando na realidade da glorificação do Cristo. Essa participação é novo modo de presença junto ao mundo; não uma alienação, mas, antes, o exercício do senhorio escatológico sobre este mundo. Viver com a mente junto ao Senhor glorioso não nos dispensa de estar com os dois pés no chão; significa encarnar, neste chão, aquele sentido da história e da existência que em Cristo foi coroado de glória.



ESTUDO REALIZADO POR MARIZETE CAJAIBA COM ACRÉSCIMO DE INFORMAÇÕES  BASEADO EM FONTE COMO : 

http://vidapastoral.com.br/roteiros/1o-de-junho-ascensao-do-senhor/
Por Pe. Johan Konings, s
http://www.paroquiammc.org.br/primeira-leitura-atos-dos-apostolos-1-1-11.html
http://www.bibliaon.com/versiculo/mateus_28_16-20/
http://www.bibliaon.com/versiculo/efesios_1_17-23/



quarta-feira, 21 de maio de 2014

TEMA PARA REUNIÃO DE PAIS - EDUCAÇÃO DOS FILHOS - "ENSINA O TEU FILHO o caminho em que deve andar, e até quando for velho não se desviará dele"- PROVÉRBIOS 22,6 / ENSINAR OS FILHOS É RESPONSABILIDADE DADA AOS PAIS PELO SENHOR / Ensinar obediência é mais do que dar instruções

ENSINA O TEU FILHO - PROVÉRBIOS  22,6



ENSINA O TEU FILHO - PROVÉRBIOS  22,6
"Ensina o teu filho no caminho em que deve andar, e até quando for velho não se desviará dele" 

Muitos pais  na atualidade , abandonaram os cuidados da educação, abriram mão dos deveres, afrouxaram a vigilância, fugiram à formação dos filhos, demitiram-se dos mais sagrados encargos, capitularam ante as crianças, e se queixam de que estas são culpadas.

Tinham em mãos a autoridade: perderam-na. Receberam a criança ao nascer , frágil e  doce criatura  ... Se não lhe deram a orientação devida, a criança é vítima, e não culpada!

Se os antigos se faziam obedecidos a simples olhar, é que não se contentavam em ser autoridade, mas sabiam ter autoridade: isto é, manter a superioridade, que o próprio Deus impõe ao filho de forma tão impressionante. Prova disto é que, ainda hoje, os que têm autoridade conseguem os mesmos resultados de outrora, embora adaptados aos tempos atuais.
Há os que desejam acertar. Sabem que não se pode hoje educar como foram educados, mas sentem dificuldade em adaptar-se aos novos moldes, pois não foram preparados para isto. 
Se verdadeiramente quisermos que este versículo seja uma realidade na vida dos filhos, cabe aos  pais e mães, em obediência a Palavra de Deus, evangelizar os filhos. Precisamos além de levá-los a Jesus, ensiná-los a crescer na intimidade e comunhão com Deus.

ENSINAR A CRIANÇA NO CAMINHO EM QUE DEVE ANDAR é muito mais do que levá-la a igreja domingo após domingo, é muito mais do que ensiná-la a ser religiosa, é muito mais que ensiná-la a orar na hora das refeições, é muito mais que proibi-la de assistir um desenhos animados na TV, é muito mais que ler a Bíblia só no dia em que dá tempo...
ENSINAR A CRIANÇA NO CAMINHO EM QUE DEVE ANDAR é viver a vida de Cristo a cada momento de nossa vida, é exalar o bom perfume de Cristo em nossos lares, para que nossos filhos vejam Cristo e o seu amor através de nós.
ENSINAR A CRIANÇA NO CAMINHO EM QUE DEVE ANDAR é levá-la a amar a Deus de todo o seu coração e de toda a sua alma, como nós o amamos, é ensiná-la a ter comunhão íntima com Deus .Ensiná-la a ter desejo de orar, falar com Deus como nós, é ensiná-la a ter fome da Palavra e se alimentar diariamente como nós nos alimentamos.
ENSINAR A CRIANÇA NO CAMINHO EM QUE DEVE ANDAR é colocar a Palavra de Deus no coração e na alma dos filhos, estando sempre a frente dos seus olhos. É ensinar a tempo e fora de tempo, é almoçando na mesa, brincando no chão, fazendo jantar, comendo juntos. Andando no caminho da padaria, da escola, do shopping, da feira, do parque. É ensinando na hora de deitar, na hora de se levantar para a escola: 


"Ponde pois estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por testeiras entre os vossos olhos,
E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te;
E escreve-as nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas". (Deuteron. 11:18 a 21) 
PAIS:  Não espere sua criança crescer para lhe ensinar o que é certo ou errado. Esse é um dos erros mais comuns cometidos atualmente. Muitos pais dão toda liberdade possível para seus filhos em fase de crescimento com medo de contrariá-los e, de repente, causar-lhes alguma espécie de trauma. Esquecem que a educação principal é exatamente a base que se recebe em casa. A primeira orientação vem de Provérbios 22.6
"Ensina o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele".

 Aqueles que exercem autoridade fazem-no em nome de Deus, de quem procede todo poder de homem sobre homem: a cada um deles aplicaremos com verdade a palavra de Cristo, o Filho de Deus a Pilatos: "Não terias poder sobre Mim, se não te fosse dado do alto" (Jo 19,11);
 "AUTORIDADE" VEM DE "AUTOR": SE OS PAIS SÃO OS AUTORES DE SEUS FILHOS, DEUS É O AUTOR DE TODOS OS HOMENS E DE TODAS A COISAS - FOI ELE QUE DEU AOS PAIS O PODER DE GERAR E O DEVER DE EDUCAR OS FILHOS;
- OS QUE MANDAM, NÃO SÓ O FAZEM EM NOME DE DEUS, MAS DEVEM TAMBÉM FAZÊ-LO PARA GLÓRIA DE DEUS;
- E OS QUE OBEDECEM, MAIS OBEDECEM A DEUS DO QUE AOS HOMENS, E MAIS DEVEM SUBMETER-SE POR MOTIVOS ESPIRITUAIS, QUE POR MOTIVOS HUMANOS.

Ensinar obediência é mais do que dar instruções
Deus não espera pais perfeitos, mas ele colocou algumas exigências básicas para quem deseja educar filhos. Podemos deixar a desejar em muitas áreas, mas Deus
espera que levemos nossos filhos a serem obedientes e que os ensinemos a serem submissos.
Ensinar obediência é mais do que dar instruções.
É instruir e insistir na conformidade por parte do filho.
Muitas vezes dizemos a nossos filhos o que esperamos que eles façam, 
mas deixamos
de insistir com eles para que o façam.
O mais importante desafio da paternidade
não é a perfeição, mas ensinar a
criança a assumir, um dia, plena responsabilidade
por sua própria vida.
ENSINAR OS FILHOS É RESPONSABILIDADE DADA AOS PAIS PELO SENHOR
 Em Provérbios  22,6  "Ensina o teu filho no caminho em que deve andar, e até quando for velho não se desviará dele" - Deus diz que os pais devem ensinar seus filhos. No entanto, só é possível ensinar aquilo que se sabe. Nenhum pai poderá ensinar aquilo que não sabe. Ensinar é passar aos filhos a bagagem de experiências que se adquire ao
longo da vida.
 Ensinar não é “somente” uma forma didática, onde os pais se sentam com seus
filhos e lhes passam conhecimentos. Não é como uma escola, onde o professor só
tem a responsabilidade de transmitir conhecimento intelectual, sem ter nenhuma
responsabilidade com seus alunos na questão de formação de caráter.
 Essa responsabilidade dos pais é intransferível.
SEGREDO ESTÁ EM QUE O PAI ESTEJA NO CAMINHO
 O provérbio diz que devem estar no caminho.
O ensinamento aos filhos só será bem sucedido, quando se faz aquilo que ensina.
O pai está no mesmo caminho que o filho, na mesma estrada, na mesma crença.
Por isso poderá ensinar aquilo que ele crê e vive como um cristão.
Muitos pais têm fracassado no ensino de seus filhos, porque eles ensinam aquilo
que não vivem. Não basta dizer o que os filhos devem fazer. Os filhos precisam
ver seus pais fazendo.


CONCLUSÃO: "ENSINA O MENINO NO CAMINHO EM QUE DEVE ANDAR, E ATÉ QUANDO ENVELHECER NÃO SE DESVIARÁ DELE. (PROVÉRBIOS 22:6)






   
        Esse estudo foi elaborado por Marizete Cajaíba baseando-se em informações obtidas  da seguinte fonte :
http://filhosnocaminhocerto.blogspot.com.br/2010/11/crianca-desobediente.html