O que é Ascensão:
Ascensão significa subida ou elevação. Designa
o ato de ascender. Uma promoção no emprego indica a ascensão do funcionário a
um cargo mais elevado ou superior ao que anteriormente desempenhava.
Ascensão
social
representa elevação do estatuto social, uma mudança de uma classe social mais
baixa para outra de nível superior.
A
ascensão profissional da mulher é um fato cada vez mais evidente na sociedade.
No contexto
religioso, ascensão e assunção são termos com significado equivalente. Para os cristãos,
quando se fala em “Ascensão” há uma referência à subida de Jesus Cristo aos
céus, data em que se comemora 40 dias após o domingo de páscoa. “Assunção de
Maria” é também uma festa comemorativa da elevação da Virgem Maria aos céus
após a sua morte. Em alguns países católicos, o acontecimento é comemorado no
dia 15 Agosto, um feriado religiosos
Ascensão x ascenção
Por vezes, há alguma confusão na ortografia da palavra
“ascensão”.
ASCENSÃO deriva do verbo ascender e segue a regra de que os substantivos
derivados de verbos com terminação “-nder” ou “-ndir” devem ser grafados com
“s”. Outros exemplos: compreender – compreensão; expandir – expansão.
II.
COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. I leitura (At 1,1-11)
1No meu
primeiro livro, ó Teófilo, já tratei de tudo o que Jesus fez e ensinou, desde o
começo, 2até o dia em que foi levado para o céu, depois de ter dado
instruções pelo Espírito Santo, aos apóstolos que tinha escolhido. 3Foi a
eles que Jesus se mostrou vivo, depois de sua paixão, com numerosas provas.
Durante quarenta dias apareceu-lhes falando do Reino de Deus.
4Durante uma refeição, deu-lhes esta ordem: “Não vos afasteis de Jerusalém, mas esperai a realização da promessa do Pai, da qual vós me ouvistes falar: 5‘João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo, dentro de poucos dias’”.
6Então os que estavam reunidos perguntaram a Jesus: “Senhor, é agora que vais restaurar o Reino de Israel?”
7Jesus respondeu: “Não vos cabe saber os tempos e os momentos que o Pai determinou com a sua própria autoridade. 8Mas recebereis o poder do Espírito Santo que descerá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria, e até os confins da terra”.
9Depois de dizer isso, Jesus foi levado ao céu, à vista deles. Uma nuvem o encobriu, de forma que seus olhos não podiam mais vê-lo.
10Os apóstolos continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus subia. Apareceram então dois homens vestidos de branco,11que lhes disseram: “Homens da Galileia, por que ficais aqui parados, olhando para o céu? Esse Jesus que vos foi levado para o céu virá do mesmo modo como o vistes partir para o céu”.
4Durante uma refeição, deu-lhes esta ordem: “Não vos afasteis de Jerusalém, mas esperai a realização da promessa do Pai, da qual vós me ouvistes falar: 5‘João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo, dentro de poucos dias’”.
6Então os que estavam reunidos perguntaram a Jesus: “Senhor, é agora que vais restaurar o Reino de Israel?”
7Jesus respondeu: “Não vos cabe saber os tempos e os momentos que o Pai determinou com a sua própria autoridade. 8Mas recebereis o poder do Espírito Santo que descerá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria, e até os confins da terra”.
9Depois de dizer isso, Jesus foi levado ao céu, à vista deles. Uma nuvem o encobriu, de forma que seus olhos não podiam mais vê-lo.
10Os apóstolos continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus subia. Apareceram então dois homens vestidos de branco,11que lhes disseram: “Homens da Galileia, por que ficais aqui parados, olhando para o céu? Esse Jesus que vos foi levado para o céu virá do mesmo modo como o vistes partir para o céu”.
A
primeira leitura narra a ascensão de Jesus e a missão dos apóstolos segundo o
livro dos Atos dos Apóstolos. Os dias entre a Páscoa e a ascensão formam “O RETIRO DE PREPARAÇÃO PARA O DESABROCHAR
DA IGREJA”: 40 dias, como os 40 dias de Moisés e de Elias no Horeb, como os
40 anos de Israel no deserto. NESSES DIAS, JESUS DEU AS ÚLTIMAS INSTRUÇÕES AOS
SEUS: A PROMESSA DO ESPÍRITO E A MISSÃO DE EVANGELIZAR. OS DISCÍPULOS NÃO DEVEM
FICAR OLHANDO O CÉU, MAS DEVERÃO LEVAR A MENSAGEM DE JESUS AO MUNDO INTEIRO,
“ATÉ OS CONFINS DA TERRA” (At 1,8), E
PARA ISSO RECEBERÃO A FORÇA DO ESPÍRITO. ATÉ O SENHOR VOLTAR, SUA IGREJA SERÁ
MISSIONÁRIA.
2.
II leitura (Ef 1,17-23)
17 Peço
que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o glorioso Pai, dê a vocês espírito de
sabedoria e de revelação, no pleno conhecimento dele.
18 Oro
também para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de que
vocês conheçam a esperança para a qual ele os chamou, as riquezas da gloriosa
herança dele nos santos
19 e
a incomparável grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, conforme a
atuação da sua poderosa força.
20 Esse
poder ele exerceu em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e fazendo-o assentar-se
à sua direita, nas regiões celestiais,
21 muito
acima de todo governo e autoridade, poder e domínio, e de todo nome que se
possa mencionar, não apenas nesta era, mas também na que há de vir.
22 Deus
colocou todas as coisas debaixo de seus pés e o designou cabeça de todas as
coisas para a igreja,
23 que
é o seu corpo, a plenitude daquele que enche todas as coisas, em toda e
qualquer circunstância.
Na
exaltação do Cristo, revela-se a força de Deus. A carta aos Efésios se inicia
com um hino de louvor (vv. 2-10), seguido por um enunciado sobre o plano da
salvação (vv. 11-14) e uma súplica pelos fiéis (vv. 15-19), que se expande numa
proclamação dos grandes feitos de Deus em Cristo (vv. 20-23). Essa súplica e
contemplação constituem essa leitura .
Deus ressuscitou Jesus e o fez cabeça da
Igreja e do universo. A Igreja é seu “corpo”, ela o torna presente no mundo,
ela é a presença atuante de Cristo no mundo. Celebrando a glorificação do Cristo, tomamos consciência
de nossa própria vocação à glória. Também a oração do dia e os prefácios
próprios falam nesse sentido.
Nestes
tempos de “diminuição” da Igreja, podemos encontrar nessa leitura uma
perspectiva maior e um ânimo mais firme. Cristo se completa em sua Igreja, e
esta encontra no Senhor ressuscitado e glorioso a sua firmeza. Não há por que
ficarmos medrosos e desanimados.
3.
Evangelho (Mt 28,16-20)
16 Os
onze discípulos foram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes indicara.
17 Quando
o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.
18 Então,
Jesus aproximou-se deles e disse: "Foi-me dada toda a autoridade nos céus
e na terra.
19 Portanto,
vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do
Filho e do Espírito Santo,
20 ensinando-os
a obedecer a tudo o que eu ordenei a vocês. E eu estarei sempre com vocês, até
o fim dos tempos".
O
evangelho é o final do Evangelho de Mateus. Traz as últimas palavras do Senhor
ressuscitado: a despedida de Jesus e a missão dos apóstolos. Tudo isso à luz da
compreensão que Mateus tem do evangelho. No início do evangelho, Jesus é
entendido como aquele que realiza o sentido pleno da profecia do “Emanuel”,
Deus-conosco (Mt 1,23). Depois, Mt 4,15-16 ressaltou que a atuação desse
“Emanuel” se iniciou na “Galileia dos gentios”, primeiro destinatário da
mensagem da salvação, realizando assim o sentido pleno de Is 8,23-9,1. Mas, durante
sua missão terrestre, Jesus se restringiu a ovelhas perdidas de Israel (Mt
10,5-6). Agora, na cena final (28,16-20), o Senhor glorioso transcende os
limites de Israel. Suas palavras finais significam o universalismo da missão
dos apóstolos e da expansão da Igreja. Todos os povos serão discípulos de
Cristo (assinalados pelo batismo). O fim do Evangelho de Mateus revela o
sentido universal de todo o ensinamento nele consignado (cf. sobretudo o Sermão
da Montanha, Mt 5-7).
Assim,
ao celebrarmos a entrada de Jesus na glória, não celebramos uma despedida,
mas um novo modo de presença; celebramos que ele é, realmente, o Emanuel, o
Deus-conosco, para sempre e para todos (Mt 28,20). Esse novo modo de presença é
um aperitivo da realidade final: assim como ele entra na sua glória, isto é,
como Senhor glorioso, assim ele voltará, para concluir o curso da história (cf.
At 1,11). Pouco importa como a gente imagina isso, o sentido é que, desde já,
Jesus é o Senhor do universo e da história (cf. o salmo responsorial, Sl
47[46]) e nós, obedientes a sua palavra, colaboramos com o sentido definitivo
que ele estabelece e há de julgar.
III.
DICAS PARA REFLEXÃO: O senhorio de Jesus e a evangelização
Temos
o costume de considerar a ascensão de Jesus (como também a ressurreição)
principalmente como um milagre. Mas o sentido principal desse fato é o que
exprimem os termos “exaltação” ou “enaltecimento”, a entronização de Jesus na
glória de Deus.
Esses termos, evidentemente figurativos, significam o seguinte : Os donos deste mundo haviam jogado Jesus lá embaixo (se não fosse José de
Arimateia a sepultá-lo, seu corpo teria terminado na vala comum…). Mas Deus o
colocou lá em cima, “à sua direita”. Deu-lhe o “poder” sobre o universo não só
como “Filho do homem”, no fim dos tempos (cf. Mc 14,62), mas, desde já, por
meio da missão universal daqueles que na fé aderem a ele. E nós participamos
desse poder, pois Cristo não é completo sem o seu “corpo”, que é a Igreja, como
nos ensina a II leitura.
Com
a ascensão de Jesus, começa o tempo para anunciá-lo como Senhor de todos
os povos. Mas não um senhor ditador! Seu “poder” não é o dos que se
apresentam como donos do mundo. Jesus é o Senhor que se tornou servo e deseja
que todos, como discípulos, o imitem nisso. Mandou que os apóstolos fizessem de
todos os povos discípulos seus (evangelho). Nessa missão, ele está sempre
conosco, até o fim dos tempos.
O
testemunho cristão, que Jesus nos encomenda, não é triunfalista. É fruto da
serena convicção de que, apesar de sua rejeição e morte infame, “Jesus estava
certo”. Essa convicção se reflete em nossas atitudes e ações, especialmente na
caridade.
Assim, na serenidade de nossa fé e na vivência radical da caridade,
damos um testemunho implícito. Mas é indispensável o
testemunho explícito, para orientar o mundo àquele que é a fonte de nossa
prática, o “Senhor” Jesus.
A
ideia do testemunho levou a Igreja a fazer da festa da Ascensão o dia dos
meios de comunicação social – a “mídia”: imprensa, rádio, televisão,
internet. Para uma espiritualidade “ativa”, a comunidade eclesial deve se
tornar presente na mídia. Como é possível que num país tão “católico” como o
nosso haja tão pouco espírito cristão na mídia e tanto sensacionalismo,
consumismo e até militância maliciosa em favor da opressão e da injustiça?
Ao
mesmo tempo, para a espiritualidade mais “contemplativa”, o dia de hoje enseja
um aprofundamento da consciência do “senhorio” de Cristo.
Deus elevou Jesus
acima de todas as criaturas, mostrando que ele venceu o mal mediante sua morte
por amor e dando-lhe o poder universal sobre a humanidade e a história. Por
isso, a Igreja recebe a missão de fazer de todas as pessoas discípulos de
Jesus.
Uma
ideia que permeia a liturgia deste dia (como de todo o tempo pascal) e se
exprime na oração sobre as oferendas e na oração depois da comunhão é que o
cristão deve viver com a mente no céu, comungando na realidade da glorificação
do Cristo. Essa participação é novo modo de presença junto ao mundo; não uma
alienação, mas, antes, o exercício do senhorio escatológico sobre este mundo.
Viver com a mente junto ao Senhor glorioso não nos dispensa de estar com os
dois pés no chão; significa encarnar, neste chão, aquele sentido da história e
da existência que em Cristo foi coroado de glória.
ESTUDO REALIZADO POR MARIZETE CAJAIBA COM ACRÉSCIMO DE INFORMAÇÕES BASEADO EM FONTE COMO :
http://vidapastoral.com.br/roteiros/1o-de-junho-ascensao-do-senhor/
Por Pe. Johan Konings, s
http://www.paroquiammc.org.br/primeira-leitura-atos-dos-apostolos-1-1-11.html
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