quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

«Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras» (Heb 10, 24) MENSAGEM DE SUA SANTIDADE PAPA BENTO XVI- DINÂMICA DE OLHO EM VOCÊ : OBJETIVO : descontração - é engraçado, gera uma alegria e rapidamente as pessoas se entrosam.




«Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos
ao amor e às boas obras»
(Heb 10, 24)

Irmãos e irmãs!


A Quaresma oferece-nos a oportunidade de refletir mais uma vez sobre o cerne da vida cristã: o amor.
 Com efeito este é um tempo propício para renovarmos, com a ajuda da Palavra de Deus e dos Sacramentos, o nosso caminho pessoal e comunitário de fé.
Trata-se de um percurso marcado pela oração e a partilha, pelo silêncio e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal.
Desejo, este ano, propor alguns pensamentos inspirados num breve texto bíblico tirado da Carta aos Hebreus:
«PRESTEMOS ATENÇÃO UNS AOS OUTROS, PARA NOS ESTIMULARMOS AO AMOR E ÀS BOAS OBRAS» (10, 24).
Esta frase aparece inserida numa passagem onde o escritor sagrado exorta a ter confiança em Jesus Cristo como Sumo Sacerdote, que nos obteve o perdão e o acesso a Deus.

DETENHO-ME NO VERSÍCULO 24, QUE, EM POUCAS PALAVRAS, OFERECE UM ENSINAMENTO PRECIOSO E SEMPRE ATUAL SOBRE TRÊS ASPECTOS DA VIDA CRISTÃ: PRESTAR ATENÇÃO AO OUTRO, A RECIPROCIDADE E A SANTIDADE PESSOAL.
1. «Prestemos atenção»: a responsabilidade pelo irmão.
O primeiro elemento é o convite a «prestar atenção»: o verbo grego usado é katanoein, que significa observar bem, estar atento, olhar conscienciosamente, dar-se conta de uma realidade.

Encontramo-lo no Evangelho, quando Jesus convida os discípulos a «observar» as aves do céu, que não se preocupam com o alimento e todavia são objeto de solícita e cuidadosa Providência divina (cf. Lc 12, 24), e a «dar-se conta» da trave que têm na própria vista antes de reparar no argueiro que está na vista do irmão (cf. Lc 6, 41). Encontramos o referido verbo também noutro trecho da mesma Carta aos Hebreus, quando convida a «considerar Jesus» (3, 1) como o Apóstolo e o Sumo Sacerdote da nossa fé.
Por conseguinte o verbo, que aparece na abertura da nossa exortação, convida a fixar o olhar no outro, a começar por Jesus, e a estar atentos uns aos outros, a não se mostrar alheio e indiferente ao destino dos irmãos.
Mas, com frequência, prevalece a atitude contrária: a indiferença, o desinteresse, que nascem do egoísmo, mascarado por uma aparência de respeito pela «esfera privada».
Também hoje ressoa, com vigor, a voz do Senhor que chama cada um de nós a cuidar do outro.
Também hoje Deus nos pede para sermos o «guarda» dos nossos irmãos (cf. Gn 4, 9), para estabelecermos relações caracterizadas por recíproca solicitude, pela atenção ao bem do outro e a todo o seu bem.
O GRANDE MANDAMENTO DO AMOR AO PRÓXIMO EXIGE E INCITA A CONSCIÊNCIA A SENTIR-SE RESPONSÁVEL POR QUEM, COMO EU, É CRIATURA E FILHO DE DEUS: O FATO DE SERMOS IRMÃOS EM HUMANIDADE E, EM MUITOS CASOS, TAMBÉM NA FÉ DEVE LEVAR-NOS A VER NO OUTRO UM VERDADEIRO ALTER EGO, INFINITAMENTE AMADO PELO SENHOR.

Se cultivarmos este olhar de fraternidade, brotarão naturalmente do nosso coração a solidariedade, a justiça, bem como a misericórdia e a compaixão.

A ATENÇÃO AO OUTRO INCLUI QUE SE DESEJE, PARA ELE OU PARA ELA, O BEM SOB TODOS OS SEUS ASPECTOS: FÍSICO, MORAL E ESPIRITUAL.
Parece que a cultura contemporânea perdeu o sentido do bem e do mal, sendo necessário reafirmar com vigor que o bem existe e vence, porque Deus é «bom e faz o bem» (Sal 119/118, 68).
O bem é aquilo que suscita, protege e promove a vida, a fraternidade e a comunhão. Assim a responsabilidade pelo próximo significa querer e favorecer o bem do outro, desejando que também ele se abra à lógica do bem; interessar-se pelo irmão quer dizer abrir os olhos às suas necessidades. A Sagrada Escritura adverte contra o perigo de ter o coração endurecido por uma espécie de «anestesia espiritual», que nos torna cegos aos sofrimentos alheios.
O EVANGELISTA LUCAS NARRA DUAS PARÁBOLAS DE JESUS, NAS QUAIS SÃO INDICADOS DOIS EXEMPLOS DESTA SITUAÇÃO QUE SE PODE CRIAR NO CORAÇÃO DO HOMEM.
Na parábola do bom Samaritano, o sacerdote e o levita, com indiferença, «passam ao largo» do homem assaltado e espancado pelos salteadores (cf. Lc 10, 30-32), e, na do rico avarento, um homem saciado de bens não se dá conta da condição do pobre Lázaro que morre de fome à sua porta (cf. Lc 16, 19).
Em ambos os casos, deparamo-nos com o contrário de «prestar atenção», de olhar com amor e compaixão.
O QUE É QUE IMPEDE ESTE OLHAR FEITO DE HUMANIDADE E DE CARINHO PELO IRMÃO?
 Com frequência, é a riqueza material e a saciedade, mas pode ser também o antepor a tudo , os nossos interesses e preocupações próprias.
Sempre devemos ser capazes de «ter misericórdia» por quem sofre; o nosso coração nunca deve estar tão absorvido pelas nossas coisas e problemas que fique surdo ao brado do pobre. Diversamente, a humildade de coração e a experiência pessoal do sofrimento podem, precisamente, revelar-se fonte de um despertar interior para a compaixão e a empatia: «O justo conhece a causa dos pobres, porém o ímpio não o compreende» (Prov 29, 7).
Deste modo entende-se a bem-aventurança «dos que choram» (Mt 5, 4), isto é, de quantos são capazes de sair de si mesmos porque se comoveram com o sofrimento alheio.
O encontro com o outro e a abertura do coração às suas necessidades são ocasião de salvação e de bem-aventurança.

O FATO DE «PRESTAR ATENÇÃO» AO IRMÃO INCLUI, IGUALMENTE, A SOLICITUDE PELO SEU BEM ESPIRITUAL.
E aqui desejo recordar um aspecto da vida cristã que me parece esquecido: a correção fraterna, tendo em vista a salvação eterna.
De forma geral, hoje é-se muito sensível ao tema do cuidado e do amor que visa o bem físico e material dos outros, mas quase não se fala da responsabilidade espiritual pelos irmãos.

É importante recuperar esta dimensão do amor cristão. Não devemos ficar calados diante do mal. Penso aqui na atitude daqueles cristãos que preferem, por respeito humano ou mera comodidade, adequar-se à mentalidade comum em vez de alertar os próprios irmãos contra modos de pensar e agir que contradizem a verdade e não seguem o caminho do bem. Entretanto a advertência cristã nunca há de ser animada por espírito de condenação ou censura; é sempre movida pelo amor e a misericórdia e brota duma verdadeira solicitude pelo bem do irmão.
Diz o apóstolo Paulo: «SE PORVENTURA UM HOMEM FOR SURPREENDIDO NALGUMA FALTA, VÓS, QUE SOIS ESPIRITUAIS, CORRIGI ESSA PESSOA COM ESPÍRITO DE MANSIDÃO, E TU OLHA PARA TI PRÓPRIO, NÃO ESTEJAS TAMBÉM TU A SER TENTADO» (Gl 6, 1).

Os discípulos do Senhor, unidos a Cristo através da Eucaristia, vivem numa comunhão que os liga uns aos outros como membros de um só corpo. Isto significa que o outro me pertence: a sua vida, a sua salvação têm a ver com a minha vida e a minha salvação.
Tocamos aqui um elemento muito profundo da comunhão: a nossa existência está ligada com a dos outros, quer no bem quer no mal; tanto o pecado como as obras de amor possuem também uma dimensão social.
Na Igreja, corpo místico de Cristo, verifica-se esta reciprocidade: a comunidade não cessa de fazer penitência e implorar perdão para os pecados dos seus filhos, mas alegra-se contínua e jubilosamente também com os testemunhos de virtude e de amor que nela se manifestam. Que «os membros tenham a mesma solicitude uns para com os outros» (1 Cor 12, 25) – afirma São Paulo –, porque somos um e o mesmo corpo. 

O amor pelos irmãos, do qual é expressão a esmola – típica prática quaresmal, juntamente com a oração e o jejum – radica-se nesta pertença comum. 
Também com a preocupação concreta pelos mais pobres, pode cada cristão expressar a sua participação no único corpo que é a Igreja.
E é também atenção aos outros na reciprocidade saber reconhecer o bem que o Senhor faz neles e agradecer com eles pelos prodígios da graça que Deus, bom e onipotente, continua a realizar nos seus filhos. Quando um cristão vislumbra no outro a ação do Espírito Santo, não pode deixar de se alegrar e dar glória ao Pai celeste (cf. Mt 5, 16).

.........Este apelo ressoa particularmente forte neste tempo santo de preparação para a Páscoa. Com votos de uma Quaresma santa e fecunda, confio-vos à intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria e, de coração, concedo a todos a Bênção Apostólica.

Vaticano, 3 de Novembro de 2011

BENEDICTUS PP. XVI

ESSE TEXTO É  PARTE DA MENSAGEM DE SUA SANTIDADE 
PAPA BENTO XVI  PARA A QUARESMA DE 2012

MENSAGEM NA ÍNTEGRA : 




DINÂMICA

DE OLHO EM VOCÊ

ESTRATÉGIA :

- Forme duplas ( não é necessário que sejam conhecidas)
-  Fiquem um de frente para o outro
-Observe bem o seu colega de cima abaixo por alguns segundos
- Virem-se de costas um para o outro e cada uma muda alguma coisa em você
( no seu próprio  aspecto: como mudar lado do cabelo, tirar pulseira ou anel , ou colar, tirar óculos , arregaçar manga , etc )
- Se alguém não entender, aguarde e verá  a outra dupla brincando e então entenderá.
- Virem-se novamente frente a frente com o colega e veja se descobre o que foi modificado no colega e se o colega descobre o que foi modificado em você.
- O animador dará um tempo pequeno ( 30 segundos) e rapidamente dará um novo comando para virarem-se de costas e fazerem uma nova modificação e assim por diante ......
- faça isso no máximo  5 vezes.
- Haverá aqueles que serão mais observadores e descobrirão com mais facilidade, enquanto outros não  descobrirão de jeito nenhum, ou apenas uma ou outra mudança.

OBJETIVO : descontração -  é  engraçado, gera uma alegria  e rapidamente as pessoas se entrosam.
DEIXAR CLARO : O objetivo é apenas divertimento , mas  que ninguém está ali para reparar o aspecto do outro (  modo de vestir ou o que usa) ,  é apenas uma brincadeira que serve para a dinâmica.
Não devemos ficar ligados na aparência do outro e sim na espiritualidade, no sentimento do outro, no aspecto da sua alma.


      A dinâmica serve de alerta para refletirmos como muitas vezes não prestamos atenção no sentimento outro : se estão aflitos, angustiados, necessitados de um ombro amigo , etc .
Este outro poderia ser um colega de escola,um amigo, um irmão , a mãe ou o pai , etc



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