sábado, 2 de fevereiro de 2013

EVANGELHO SEGUNDO S. MATEUS 23,1-12.: Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado"


EVANGELHO SEGUNDO S. MATEUS 23,1-12.

Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado"

Jesus falou às multidões e aos seus discípulos: «Os doutores da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. Por isso, vocês devem fazer e observar tudo o que eles dizem.
Mas não imitem suas ações, pois eles falam e não praticam.
Amarram pesados fardos e os colocam no ombro dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer com um dedo. Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Vejam como eles usam faixas largas na testa e nos braços, e como põem na roupa longas franjas, com trechos da Escritura.
Gostam dos lugares de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas sinagogas; gostam de ser cumprimentados nas praças públicas, e de que as pessoas os chamem mestre. Quanto a vocês, nunca se deixem chamar mestre, pois um só é o Mestre de vocês, e todos vocês são irmãos. Na terra, não chamem a ninguém Pai, pois um só é o Pai de vocês, aquele que está no céu.
Não deixem que os outros chamem vocês líderes,
pois um só é o Líder de vocês:  o Messias.
Pelo contrário, o maior de vocês deve ser aquele que serve a vocês. Quem se eleva será humilhado,
e quem se humilha será elevado.»

• O evangelho de hoje traz uma crítica de Jesus contra os escribas e os fariseus de seu tempo. No começo da atividade missionária de Jesus, ou doutores de Jerusalém tinham ido até à Galileia para observá-lo (Mc 3,22; 7,1). Incomodados pela pregação de Jesus, tinham apoiado a calúnia que o apontava como endemoninhado (Mc 3,22). Durante três anos aumentou a popularidade de Jesus. E ao mesmo tempo, cresceu o conflito entre ele e as autoridades religiosas. A raiz deste conflito estava na maneira como se relacionava com Deus. Os fariseus buscavam sua segurança não no amor de Deus para com eles, mas na observância rigorosa da Lei. Diante desta mentalidade, Jesus insiste na prática do amor que relativiza a observância da lei e lhe dá o verdadeiro significado.
• Mateus 23,1-3: A raiz da crítica: "Eles falam, mas não praticam". Jesus reconhece a autoridade dos escribas e dos fariseus. Eles ocupam a cátedra de Moisés e ensinam a lei de Deus, mas eles mesmos não observam o que ensinam. Eis, portanto, o alerta para o povo: "Deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam". É uma crítica terrível! Imediatamente, como num espelho, Jesus aponta alguns aspectos da incoerência das autoridades religiosas.
• Mateus 23,4-7: Olhar no espelho para fazer uma revisão de vida. Jesus alerta os discípulos para o comportamento incoerente de alguns doutores da lei. Meditando nestas incoerências, é conveniente pensar não aos fariseus e aos escribas daquele tempo já ultrapassado, mas a nós mesmos e às nossas incoerências: amarram pesados fardos e os colocam sobre os ombros das pessoas, mas eles não os movem; fazem suas ações para serem admirados; amam os lugares de destaque e também serem chamados de doutores. Os escribas gostavam de entrar nas casas das viúvas e rezar longas orações para receber dinheiro em troca! (Mc 12,40)
• Mateus 23,8-10: Vós todos sois irmãos. Jesus pede ter uma atitude bem diferente. Em lugar de usar a religião e a comunidade como meios de autopromoção para se apresentar mais importantes diante dos olhos dos outros, ele pede não usar o título de Mestre, Pai e Guia, porque um só é o Guia, o Cristo; só Deus no céu é Pai, e Jesus é Mestre. Todos vós sois irmãos. É esta a raiz da fraternidade que nasce da certeza que Deus é nosso Pai.
• Mateus 23,11-12: O resumo final: o maior seja o menor. Esta frase é o que caracteriza seja o ensino seja o comportamento de Jesus: "O maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado" (cfr. Mc 10,43; Lc 14,11; 18,14).
PARA UMA AVALIAÇÃO PESSOAL
“COERÊNCIA ENTRE FALAR E FAZER”
- Em que critica Jesus os doutores da lei e em que os elogia?
-  O que criticaria em mim e o que elogiaria?

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