sexta-feira, 7 de junho de 2013

CALENDÁRIO LITÚRGICO OU ANO LITÚRGICO : ASSIM COMO EXISTE UM CALENDÁRIO CIVIL, NA IGREJA HÁ UM CALENDÁRIO ECLESIÁSTICO (Festas fixas e móveis) O QUAL MARCA AS DATAS ESPECIAIS E AS FESTAS MAIS IMPORTANTES PARA A CELEBRAÇÃO DA FÉ E DA HISTÓRIA DE DEUS CONOSCO. / NATUREZA E FINALIDADE DO ANO LITÚRGICO / PERCORRER O ANO LITÚRGICO É PARA A COMUNIDADE CRISTÃ CELEBRAR O QUE DEUS FEZ POR NÓS, O QUE DEUS FAZ POR NÓS E O QUE DEUS FARÁ POR NÓS. / AS PRINCIPAIS FESTAS DO ANO LITÚRGICO

CALENDÁRIO LITÚRGICO
OU ANO LITÚRGICO

* LOGO ABAIXO : Calendário Eclesiástico (Festas fixas e móveis)

UMA DAS MUITAS FORMAS QUE A IGREJA ENCONTROU PARA DESENVOLVER E ESTRUTURAR O SEU SERVIÇO FOI A CRIAÇÃO DE UM CALENDÁRIO LITÚRGICO. ASSIM COMO EXISTE UM CALENDÁRIO CIVIL, NA IGREJA HÁ UM CALENDÁRIO ECLESIÁSTICO O QUAL MARCA AS DATAS ESPECIAIS E AS FESTAS MAIS IMPORTANTES PARA A CELEBRAÇÃO DA FÉ E DA HISTÓRIA DE DEUS CONOSCO.
Além de ano litúrgico, também são conhecidas as expressões Ano da igreja, Ano eclesiástico ou Tempo litúrgico.
- A TERMINOLOGIA ANO DA IGREJA visa a marcar a diferença entre ano civil e religioso;
- ANO ECLESIÁSTICO tem em sua base o termo latim “ecclesia”, que quer dizer “igreja”.
- TEMPO LITÚRGICO surge da palavra grega “leitourgia”, termo utilizado para designar culto, o serviço de Deus realizado pela igreja.

PORTANTO, ANO ECLESIÁSTICO, ANO DA IGREJA E ANO OU TEMPO LITÚRGICO SÃO TERMOS QUE DESIGNAM O TEMPO DA IGREJA NO MUNDO, ASSINALADO PELAS FESTAS E EVENTOS SIGNIFICATIVOS DA HISTÓRIA DA SALVAÇÃO.

- QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS FESTAS OU EVENTOS DA IGREJA?
- O QUE SE CELEBRA NESTAS FESTAS? PARA QUE SERVE O ANO LITÚRGICO?
- COMO ELE SURGIU?
ESSAS PERGUNTAS ORIENTARÃO O TEXTO QUE SEGUE.
1-         NATUREZA E FINALIDADE DO ANO LITÚRGICO
O ANO LITÚRGICO ESTÁ DIVIDO EM TRÊS GRANDES PERÍODOS OU CICLOS (NATAL, PÁSCOA E TEMPO COMUM). Através deles, a igreja cristã celebra os grandes e mais importantes feitos de Deus.
Centrando nos principais acontecimentos o ano litúrgico possibilita uma passagem pela história de Deus
com o seu povo.
Cada evento, cada festa representa um aspecto da história da salvação. Celebrar através do ano litúrgico significa não só revisitar os feitos de Deus no passado, mas é também reatualizar (anamnese) a história do Deus-conosco no presente de nossas vidas.

PERCORRER O ANO LITÚRGICO É PARA A COMUNIDADE CRISTÃ CELEBRAR O QUE DEUS FEZ POR NÓS, O QUE DEUS FAZ POR NÓS E O QUE DEUS FARÁ POR NÓS.
2-         A CENTRALIDADE DO ANO LITÚRGICO
Deus falou e fala para o seu povo de muitas formas, mas em Jesus, ele falou de um modo muito especial. Pois, em Jesus, Deus se tornou humano, assumiu a nossa condição, sentiu as nossas dores e conheceu nossas esperanças.
Em Jesus, Deus mostrou o seu grande amor por nós.
Como diz João 3.16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
O grande amor de Deus por seu povo é revelado na morte e ressurreição de Jesus. Pois ele entregou o próprio Filho pela nossa salvação, para que tenhamos a vida eterna.
PORTANTO, O PONTO PRINCIPAL DA HISTÓRIA DA SALVAÇÃO É A ENTREGA DE JESUS NA CRUZ, A SUA MORTE E RESSURREIÇÃO. ESTE É O ACONTECIMENTO MAIS IMPORTANTE QUE A COMUNIDADE CRISTÃ CELEBRA, DOMINGO A DOMINGO, ANO APÓS ANO.

POR ISSO, O ANO LITÚRGICO TEM NA PÁSCOA A SUA FESTA MAIS IMPORTANTE.
Podemos dizer que ano litúrgico nasce com a finalidade de celebrar a grande obra redentora de Cristo, mas esta obra é tão rica que não cabe numa única celebração de domingo.
 ENTÃO, CADA FESTA DO ANO LITÚRGICO VISA A DESTACAR UM ASPECTO DIFERENTE DA VIDA DE CRISTO.

O ANO LITÚRGICO, DESTA FORMA, TEM A FINALIDADE de revelar, “atualizando”,  toda a história da obra e redenção de Cristo, desde a vinda de Jesus a este mundo até a sua morte, ressurreição, ascensão e o envio do Espírito Santo à sua comunidade.
3- AS PRINCIPAIS FESTAS DO ANO LITÚRGICO E SEU SURGIMENTO
a) Domingo: festa semanal do Senhor ressurreto
O livro de Atos dos Apóstolos fala sobre acontecimentos muito importantes que marcam o surgimento e a vida das primeiras comunidades cristãs.
 Ele conta, por exemplo, que havia um grupo que se reunia para orar, ler as Escrituras e partir o pão (At 1.14; 2.42); ele fala do envio do Espírito Santo sobre as pessoas que estavam reunidas (At 2). Segundo Atos 20.7-12, os cristãos se reuniam para celebrar a Ceia e o faziam semanalmente, num dia específico. Era no primeiro dia da semana, ou seja, no domingo.

Justino, um mártir do cristianismo que viveu de 100-165 d. C., escreveu que os cristãos se reuniam no domingo para celebrar a fé na ressurreição de Jesus Cristo.
 O DOMINGO, PORTANTO, FOI O PRIMEIRO MARCO NA OBSERVÂNCIA DO TEMPO LITÚRGICO NA VIDA DAS PRIMEIRAS COMUNIDADES CRISTÃS. ESSE DIA ERA COMEMORADO, NA COMUNIDADE CRISTÃ, COMO O ANIVERSÁRIO SEMANAL DA RESSURREIÇÃO DE JESUS .
 Esse era o acontecimento mais importante para a fé da comunidade cristã. Através da reunião semanal, a cada domingo, celebrando a Ceia do Senhor, as primeiras comunidades cristãs davam testemunho da ressurreição de Jesus. Cada domingo é uma pequena Páscoa .

O DOMINGO, PORTANTO, COMO DIA DO SENHOR, É A PRIMEIRA FESTA DOS CRISTÃOS CUJO CENTRO É A RESSURREIÇÃO DE CRISTO.
b) Páscoa: a primeira festa anual da Igreja
NÃO HAVIA, ATÉ O FINAL DO SÉCULO 1, UMA FESTA ANUAL DA PÁSCOA. A PARTIR DO SÉCULO 2, ISSO MUDOU.
 Além da celebração semanal do Senhor ressurreto, foi se desenvolvendo uma grande celebração anual da Páscoa.
 Essa festa era marcada, sobretudo, pela vigília, no entardecer do sábado, cujo o ponto mais importante  era a passagem de Cristo da morte para a ressurreição .

NOS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS, A PAIXÃO, MORTE E RESSURREIÇÃO DE CRISTO ERAM COMEMORADAS EM CONJUNTO NA PÁSCOA.
SÓ NO SÉCULO 4 SURGE A SEMANA SANTA.
A comunidade cristã preferiu celebrar cada acontecimento dos últimos dias da vida Jesus, em dias separados. E cada dia recebeu uma ênfase: Quinta-Feira - celebração da última Ceia de Jesus com seus discípulos (paixão); Sexta-Feira - crucificação e morte de Jesus (morte); Sábado Santo ou Sábado de Aleluia – véspera de Páscoa que culmina com a Vigília Pascal (ressurreição).

A DIVISÃO DA CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA PARA ESSES TRÊS DIAS FORMA O QUE CHAMAMOS HOJE DE TRÍDUO PASCAL .
ESSES SÃO CONSIDERADOS OS TRÊS DIAS MAIS SIGNIFICATIVOS DO CALENDÁRIO CRISTÃO .

A esses dias, ainda se agregam o Domingo de Ramos/Paixão, quando se lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, que dá início à Semana Santa.

AO REDOR DO NÚCLEO PASCAL SE DESENVOLVERAM DOIS OUTROS PERÍODOS:
O DA QUARESMA (40 DIAS ANTES DA PÁSCOA ) E O DO TEMPO PASCAL, QUE CORRESPONDE AOS CINQÜENTA DIAS ANTES DO DIA DE PENTECOSTES.
- O Tempo pascal (quer dizer, os 50 dias que se estendem desde a celebração da Páscoa até o Dia de Pentecostes) foi, desde o seu surgimento, mais importante que os 40 dias da Quaresma.

Agostinho, um pai da Igreja Antiga, diz que “ ‘esses dias após a ressurreição do Senhor formam um período não de labor, mas de paz e alegria. É por isso que não há jejum e se ora em pé, sinal da ressurreição. (...) e o aleluia é cantado para indicar que nossa futura ocupação não será outra senão o louvor a Deus ”
O QUE FOI DESTACADO ATÉ AQUI SOBRE O TEMPO LITÚRGICO NOS MOSTRA A CENTRALIDADE DA PÁSCOA E DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO NA VIDA DE CULTO DA COMUNIDADE CRISTÃ DESDE O SEU SURGIMENTO.
ESSE EVENTO CENTRAL DA VIDA CRISTÃ ERA E É COMEMORADO:
-  NUM DIA POR SEMANA, O DOMINGO;
- NUMA FESTA ANUAL, A PÁSCOA;
- E NUM PERÍODO ANUAL, O TEMPO PASCAL.
Isso mostra a importância que a páscoa, como festa do senhor morto e ressurreto, assume na vida da igreja.

ISSO NOS LEVA A PERGUNTAR: DE QUE MANEIRA NÓS, COMUNIDADES CRISTÃS ATUAIS, ESTAMOS COMEMORANDO A PÁSCOA? QUE LUGAR (OU IMPORTÂNCIA) ESSA FESTA ASSUME EM NOSSAS COMUNIDADES?
c) Pentecostes e Ascensão
A FESTA DE PENTECOSTES OCUPOU O SEGUNDO LUGAR EM IMPORTÂNCIA NA VIDA DA IGREJA.
Com esta festa, os cristãos comemoravam o aniversário da Igreja.
Conforme Atos 2.1-41, como um vento, línguas de fogo pairavam sobre os discípulos e eles começaram a falar em outras línguas, espalhando a boa nova do Evangelho a muitos lugares.
O envio do Espírito Santo havia sido prometido por Jesus aos seus discípulos (cf. Atos 1.8). Pelo poder do Espírito Santo, os discípulos se sentiram animados, tornando-se, assim, testemunhas do Cristo ressurreto.
 Assim surgem e se desenvolvem as primeiras comunidades cristãs.
 - ORIGINALMENTE, PENTECOSTES INCLUÍA A COMEMORAÇÃO DA ASCENSÃO DE JESUS. Entendia-se que Cristo havia subido aos céus e enviado o Espírito Santo aos seus e às suas fiéis.
 - MAIS TARDE, E ASSIM É HOJE, ESTAS FESTAS FORAM SEPARADAS:
·         O Dia da Ascensão é comemorado aos 40 dias depois da celebração da Páscoa;
·         e o Dia de Pentecostes, comemorado aos 50 dias depois da celebração da Páscoa.
d) Epifania
ESTE FOI O TERCEIRO EVENTO MAIS IMPORTANTE DO CALENDÁRIO CRISTÃO. Surgiu antes da festa de Natal e é comemorado em 6 de janeiro.
A PARTIR DESSA DATA SEGUE O TEMPO COMUM ATÉ A QUARESMA, CONHECIDO COMO TEMPO APÓS EPIFANIA.

Epifania é uma festa que celebra a manifestação ou encarnação de Deus no mundo através da obra de Jesus Cristo.
Com esta festa, a comunidade cristã lembra tanto o nascimento de Jesus (visita dos reis magos do Oriente) quanto o começo do ministério de Jesus aqui na terra, a partir do seu batismo, quando, então, Jesus foi declarado “meu Filho amado”.
NO TEMPO APÓS EPIFANIA (OU TEMPO COMUM) A IGREJA ENFATIZA AS DIVERSAS FORMAS COM QUE JESUS SE MANIFESTOU A NÓS ATRAVÉS DOS SEUS MILAGRES E ENSINAMENTOS SOBRE
O REINO DE DEUS.
e) Natal
O NATAL CELEBRA A AUTODOAÇÃO DE DEUS NO NASCIMENTO DE JESUS.
 A primeira menção à festa de Natal ocorre em 354 d.C. num documento romano que assinala o dia 25 de dezembro como dia do nascimento de Cristo. Esta festa competia com uma festa não-cristã chamada Sol Invictus (sol invencível).
Para os cristãos, Cristo era o verdadeiro sol invencível, o “sol da graça, luz do amor, da justiça o resplendor”. No Natal, portanto, se comemora a vinda do Messias, o Salvador prometido, o justo, que veio redimir e salvar o povo de Deus das trevas do pecado, da injustiça e da morte.
f) Advento
PARALELAMENTE À QUARESMA, O ADVENTO SURGE COMO TEMPO DE PREPARAÇÃO PARA A VINDA DO SALVADOR.
Ele tem caráter de penitência, pois lembra que o Filho de Deus veio em pobreza e humildade (e foi morto na cruz para salvar o mundo).
INICIA QUATRO SEMANAS ANTES DO NATAL. Enquanto se prepara, a comunidade cristã reflete sobre a vinda do Salvador.
 É UMA ÉPOCA DE AGRADECIMENTO PELA DÁDIVA DE DEUS A NÓS, EM CRISTO, E, AO MESMO TEMPO, É EXPECTATIVA PELO QUE HÁ DE VIR, OU SEJA, A SEGUNDA VINDA DO SENHOR.
g) Tempo comum
O TEMPO COMUM ABRANGE DOIS PERÍODOS DO ANO. O PRIMEIRO É O QUE CHAMAMOS DE TEMPO APÓS EPIFANIA E O SEGUNDO, É O TEMPO APÓS PENTECOSTES.
TEMPO APÓS EPIFANIA INICIA, especificamente, na segunda-feira  que segue o domingo depois de 06 de janeiro e se estende até terça-feira antes de carnaval ou início da Quaresma.
O TEMPO COMUM É AÍ INTERROMPIDO, SENDO RETOMADO, ESPECIFICAMENTE, NA SEGUNDA-FEIRA DEPOIS DE PENTECOSTES, OU NO DOMINGO DA TRINDADE, TAMBÉM CHAMADO PRIMEIRO DOMINGO APÓS PENTECOSTES.
O TEMPO COMUM TERMINA NO ÚLTIMO DOMINGO APÓS PENTECOSTES, O QUAL É CHAMADO DE CRISTO REI OU, COMO É CONHECIDO  DOMINGO DA ETERNIDADE.
A TRINDADE é a festa em que a Igreja celebra o mistério de Deus, aquele que se manifesta ao mundo através do Deus criador, do Filho redentor e do Espírito Santo consolador.

O TEMPO COMUM LEMBRA A ATUAÇÃO DA IGREJA NO MUNDO, OU O SEU PEREGRINAR DIÁRIO, MOVIDA PELA AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO. Dentro desse período, as diversas igrejas também comemoram suas festas específicas. Como por exemplo, nas igrejas luteranas, o Dia da Reforma, em 31 de outubro.
5. A DIVISÃO DAS FESTAS CONFORME OS GRANDES CICLOS DO ANO LITÚRGICO
a) Ciclo da Páscoa
O CICLO DA PÁSCOA CORRESPONDE AOS SEGUINTES PERÍODOS CELEBRATIVOS:
Quaresma – inicia com a Quarta-feira de Cinzas e encerra com a Quinta-feira Santa, inclusive.
Tríduo Pascal – inicia com a noite de Quinta-feira Santa (celebração da Última Ceia) e encerra na tarde do Domingo da Ressurreição (Páscoa).
Tempo Pascal – refere-se aos cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição (Páscoa) e o Domingo de Pentecostes, inclusive.
b) Ciclo do Tempo Comum
O Tempo Comum inclui o período após 06 de janeiro, quando inicia o Primeiro Domingo após Epifania, e segue até a terça-feira de carnaval; é interrompido pelo Ciclo Pascal e reinicia depois de Pentecostes, com o chamado Domingo da Trindade; é concluído na véspera do Primeiro Domingo de Advento, com a festa de Cristo Rei ou Domingo da Eternidade (Último Domingo do ano eclesiástico).
c) Ciclo do Natal
Este Ciclo inicia no Primeiro Domingo de Advento e encerra com a festa de Epifania, comemorada em 06 de janeiro. O batismo de Jesus faz parte das festas epifânicas, ou seja, das festas que celebram a manifestação do Senhor; é celebrado no primeiro domingo após 06 de janeiro.
6. CONCLUSÃO
A observância do Ano litúrgico ou eclesiástico leva a comunidade cristã a perceber que o seu culto possui grande variedade.
Culto cristão, mesmo que acontece dentro de um ritual básico (com elementos ordinários), não é uma repetição das mesmas coisas a cada semana.

 O Ano litúrgico mostra que o culto possui um centro, um núcleo teológico importante que podemos chamar de “evento de Cristo” (cruz, morte e ressurreição de Jesus), mas, esse núcleo se desdobra em variados temas relevantes.
O evangelho é demasiadamente amplo e profundo para ser todo ele desdobrado num único culto, numa única festa ou num único ciclo festivo.

Cada vez que uma comunidade se reúne para o culto, ela nutre a sua fé com o mesmo evangelho, o mesmo Cristo ou o mesmo Deus.
Mesmo assim, cada culto é diferente. Até mesmo as pessoas, mesmo sendo as mesmas, vivem momentos diferentes e recebem a mensagem do mesmo evangelho cada vez de um novo jeito.

O Ano litúrgico é um instrumento que facilita o desdobramento do evangelho, de forma que a mensagem da salvação sempre tenha um novo enfoque.


 Deus é o mesmo ontem, hoje e o será para sempre, mas a sua mensagem chega a nós sempre de maneira atual e renovada.


SAIBA MAIS VENDO SLIDES EXPLICATIVOS:








Calendário Eclesiástico (Festas fixas e móveis)

INTRODUÇÃO
É o calendário oficial da Igreja Católica Apostólica Romana, sendo adotado, via de regra, em todos os países católicos e também em alguns protestantes. Ele é misto, sendo regulado tanto pelo ano solar como pelo lunar, dando origem às festas móveis.CALENDÁRIO DAS FESTAS MÓVEIS
ANOCINZASPAIXÃOPÁSCOAASCENÇÃOPENTECOSTESCORPUS CHRISTI
201017/0202/0404/0416/0523/0503/06
201109/0322/0424/0405/0612/0623/06
201222/0206/0408/0420/0527/0507/06
201313/0229/0331/0312/0519/0530/05
201405/0318/0420/0401/0608/0619/06
201518/0203/0405/0417/0524/0504/06
201610/0225/0327/0308/0515/0526/05
201701/0314/0416/0428/0504/0615/06
201814/0230/0301/0413/0520/0531/05
201906/0319/0421/0402/0609/0620/06
202026/0210/0412/0424/0531/0511/06
202117/0202/0404/0416/0523/0503/06
202202/0315/0417/0429/0505/0616/06
202322/0207/0409/0421/0528/0508/06
202414/0229/0331/0312/0519/0530/05
202505/0318/0420/0401/0608/0619/06
202618/0203/0405/0417/0524/0504/06
202710/0226/0328/0309/0516/0527/05
202801/0314/0416/0428/0504/0615/06
202914/0230/0301/0413/0520/0531/05
203006/0319/0421/0402/0609/0620/06
203126/0211/0413/0425/0501/0612/06
203211/0226/0328/0309/0516/0527/05
203302/0315/0417/0429/0505/0616/06
203422/0207/0409/0421/0528/0508/06
Observações:
1) A Festa do Sagrado coração de Jesus Comemora-se sempre no 2º. Domingo após Pentecostes
2) * ”Paixão”, acima, refere-se à sexta feira que antecede a Páscoa. Não confundir com “Domingo da Paixão” (hoje o  5º. Domingo da Quaresma)  que é o Domingo que antecede Ramos.
POR QUÊ A IGREJA ESTABELECEU AS FESTAS MÓVEIS?
Nos tópicos seguintes iremos estudar por quê a Quarta-Feira de Cinzas e a  Páscoa não possuem data fixa de comemoração.
Todas as festas da Igreja que tem como ponto de referência a Páscoa, são denominadas festas móveis porque baseadas no calendário lunar (judaico) e adaptadas ao nosso calendário (gregoriano). Comecemos relembrando, em resumo, o significado da Páscoa Judaica e da Páscoa Cristã:
PASCOA JUDAICA (breve resumo) - No Antigo Testamento, sabemos que Moisés, sob a guia divina, tornou-se chefe do povo oprimido que encontrava-se sob o jugo dos egípcios, adversários do povo eleito, sob o comando do Faraó que usava de seus poderes terrenos para contrariar os planos divinos. Deus manifesta seu poder através de Moisés, mediante diversos sinais e castigos, mas o coração endurecido do Faraó não acena com nenhum sinal de arrependimento. Durante a libertação do povo guiado por Moisés, Deus institui a celebração da Páscoa através de Moisés e Aarão, mandando dizer a toda a assembléia de Israel que tomasse um cordeiro que deveria ser imolado em data determinada, devendo seu sangue ser tomado, posto sobre as duas ombreiras e sobre a verga da porta da casa. Deus disse ainda que naquela noite passaria através do Egito para exercer sua justiça, ferindo de morte os filhos primogênitos dos Egípcios, mas que passaria adiante das casas marcadas com o sangue do cordeiro. E Deus mandou seu Anjo, e assim foi feito.
Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra do Senhor: Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição perpétua” (Ex 12, 14)
Desta forma ficou instituída a a festa da Páscoa, comemorada até os dias atuais pelo povo judeu. O extermínio dos filhos dos egípcios testemunha que o povo eleito, libertado, terá que viver daí em diante, no temor de Deus e reconhecido o seu grande benfeitor. (Veja tudo sobre a instituição da Páscoa no Livro do Êxodo, cap. 12)
PÁSCOA CRISTÃ (breve esumo) - A instituição da Páscoa Cristã encontra-se na imolação de Cristo. Enquanto na primeira festa de Páscoa Deus liberta o povo da escravidão e proclama a sua Aliança com o povo de Israel, na segunda, o próprio Deus torna-se o Cordeiro Imolado para libertar o povo do jugo do pecado e do demônio. Desta vez, o Sangue de Jesus, do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, definitivamente liberta toda a humanidade com sua Paixão, Morte e Ressurreição.
“Purificai-vos do velho fermento, para que sejais massa nova, porque sois pães ázimos, porquanto Cristo, nossa Páscoa, foi imolado”. (I Cor 5, 7)
* * * * * * * * *
Recordando:  Memorizados os aspectos centrais da Páscoa Judaica e da Páscoa Cristã, recordemos que Jesus veio ao mundo em cumprimento das Escrituras e por Seu desígnio foi crucificado justamente no dia da preparação da festa da Páscoa, para que, a partir de sua Paixão, Morte e Ressurreição fosse instituída a Nova Aliança. Para que fosse instituída a grande e solene Páscoa, como num reflexo pleno da primeira festa de Páscoa.
CONCLUINDO:
Como a festa da Páscoa Judaica, coincide exatamente com o dia da imolação de Cristo, estabeleceu-se já naquele momento, por desígnio de Deus, o dia 14 de Nisã (do calendário judaico ou hebraico), como data de referência à comemoração da Páscoa Cristã. (Encontro da Primeira com a Segunda Aliança)
Assim, a Páscoa judaica é sempre celebrada na 1ª. lua cheia da primavera do hemisfério norte, na noite de 14 para 15 de Nisã . A Páscoa Cristã ficou fixada como o 1ª Domingo posterior à referida 1ª lua cheia, ou seja, no primeiro domingo após a comemoração da Páscoa dos Judeus.
Como o calendário judaico é baseado nos ciclos da lua, explica-se os motivos da variação em nosso calendário, que é solar e por isso, para nós, o Domingo de Páscoa varia entre 22 de março e 25 de abril. Fixado, assim, a festa da Páscoa para determinado ano, todas as outras festas também se movem desde a septuagésima até Corpus Christi, conforme a tabela do início deste artigo.
Em síntese: É usado como referência não o nosso calendário, mas sim o  judaico. Fixada a data da Páscoa pelo calendário judaico, adaptamos tal data ao nosso para que a partir daí, possamos estabelecer as datas, desde a septuagésima até Corpus Christi, conforme da grade abaixo. Estabelecido o dia da Páscoa, aí sim, todas as outras festas móveis o acompanham.
O Carnaval apesar de ser uma festa pagã, também se move com o calendário eclesiástico e é sempre comemorado sete domingos antes do Domingo de Páscoa. As festas são permitidas até a quarta-feira de cinzas, quando inicia-se a Quaresma, tempo de 40 dias de jejum e abstinência em preparação à festa da Páscoa, ou seja, data que celebramos a Ressurreição de Cristo.
Festas Móveis - Tem por referência a Páscoa e são as seguintes:
Septuagésima65 dias antes da Páscoa
Quinquagésima49 dias antes da Páscoa
CinzasDo último dia da Quinquagésima, conta-se a primeira 4ª. feira seguinte
Domingo da Paixão(Hoje o 5º Domingo da Quaresma)           14 dias antes da Páscoa(Domingo que antecede Ramos)
RamosÉ o Domingo que antecede o Domingo de Páscoa, portanto, 7 dias antes.
Ascensão40 dias depois da Páscoa (Caindo o 40.º dia em dia de semana, comemora-se no Domingo seguinte)
Pentecostes50 dias depois da Páscoa (Ou o 1.º Domingo após o Domingo da Ascensão)
SS. Trindade57 dias depois da Páscoa (1º. Domingo após Pentecostes)
Corpus ChristiQuinta-feira seguinte, após a comemoração da festa da SS. Trindade
Obs: A Festa do Sagrado coração de Jesus Comemora-se sempre no 2º. Domingo após Pentecostes
PRINCIPAIS FESTAS FIXAS
Como o próprio nome sugere, “festas fixas” são aquelas cujas datas de comemoração não variam, permanecem sempre imutáveis conforme estabelece o Calendário Romano Geral. São tipificadas por festa ou solenidade. As demais comemorações que não pertençam à grade abaixo, por exemplo, de um santo padroeiro, são tipificadas em memória.
MÊSDia (s) comemorativo (s) e celebraçãoTipificação
Janeiro1. – Santa Maria, Mãe de DeusSolenidade
6. – Epifania (com. no Domingo)Solenidade
Entre 9 e 13 – Batismo do Senhor (com. no Domingo)Festa
25. – Conversão de São Paulo ApóstoloFesta
Fevereiro2. – Apresentação do SenhorFesta
22. – Cátedra de São Pedro, ApóstoloFesta
Março19. – São José, Esposo de Nossa SenhoraSolenidade
25. – Anunciação do SenhorSolenidade
Abril25. – São Marcos EvangelistaFesta
Maio3. – São Filipe e São Tiago, ApóstolosFesta
14. – São Matias, ApóstoloFesta
Festa
31. – Nossa Senhora Rainha (Visitação de Nossa Senhora)
Junho24. – Nascimento de São João BatistaSolenidade
29. – São Pedro e São Paulo, ApóstolosSolenidade
Julho3. – São Tomé, ApóstoloFesta
25. – São Tiago, ApóstoloFesta
Agosto6. – Transfiguração do SenhorFesta
10 – São Lourenço, Diácono e MártirFesta
15 – Assunção de Nossa SenhoraSolenidade
23 – Santa Rosa de Lima, VirgemFesta
24 – São Bartolomeu, ApóstoloFesta
Setembro8. – Natividade de Nossa SenhoraFesta
14.- Exaltação da Santa CruzFesta
21. – São Mateus, Apóstolo e EvangelistaFesta
29. – São Miguel, São Gabriel e São Rafael ArcanjosFesta
Outubro
18. – São Lucas EvangelistaFesta
28. – São Simão e São Judas, ApóstolosFesta
Novembro1. – Todos os SantosSolenidade
2. – Comemoração dos Fiéis Defuntos (Finados)Solenidade
9. – Dedicação da Basílica do LatrãoFesta
30. – Santo André, ApóstoloFesta
Cristo, Rei do Universo (Último Domingo do tempo comum)Solenidade
Dezembro8. – Imaculada Conceição de Nossa SenhoraSolenidade
12. – Nossa Senhora de GuadalupeFesta
25. – Natal do SenhorSolenidade
26. – Santo Estevão, primeiro MártirFesta
27. – São João, Apóstolo e EvangelistaFesta
28. – Santos Inocentes MártiresFesta
Sagrada Família – Dentro da Oitava do Natal, ou na sua falta, dia 30Festa

FONTE :
http://blog.cancaonova.com/luzdomundo/calendario-eclesiastico/



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