CALENDÁRIO LITÚRGICO
OU ANO LITÚRGICO
* LOGO ABAIXO : Calendário Eclesiástico (Festas fixas e móveis)
UMA
DAS MUITAS FORMAS QUE A IGREJA ENCONTROU PARA DESENVOLVER E ESTRUTURAR O SEU
SERVIÇO FOI A CRIAÇÃO DE UM CALENDÁRIO LITÚRGICO. ASSIM COMO EXISTE UM
CALENDÁRIO CIVIL, NA IGREJA HÁ UM CALENDÁRIO ECLESIÁSTICO O QUAL MARCA AS DATAS
ESPECIAIS E AS FESTAS MAIS IMPORTANTES PARA A CELEBRAÇÃO DA FÉ E DA HISTÓRIA DE
DEUS CONOSCO.
Além
de ano litúrgico, também são conhecidas as expressões Ano da igreja, Ano eclesiástico
ou Tempo litúrgico.
-
A TERMINOLOGIA ANO DA IGREJA visa a
marcar a diferença entre ano civil e religioso;
-
ANO ECLESIÁSTICO tem em sua base o
termo latim “ecclesia”, que quer dizer “igreja”.
-
TEMPO LITÚRGICO surge da palavra
grega “leitourgia”, termo utilizado para designar culto, o serviço de Deus
realizado pela igreja.
PORTANTO,
ANO ECLESIÁSTICO, ANO DA IGREJA E ANO OU TEMPO LITÚRGICO SÃO TERMOS QUE
DESIGNAM O TEMPO DA IGREJA NO MUNDO, ASSINALADO PELAS FESTAS E EVENTOS
SIGNIFICATIVOS DA HISTÓRIA DA SALVAÇÃO.
- QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS FESTAS OU EVENTOS DA IGREJA?
- O QUE SE CELEBRA
NESTAS FESTAS? PARA QUE SERVE O ANO LITÚRGICO?
- COMO ELE SURGIU?
ESSAS PERGUNTAS
ORIENTARÃO O TEXTO QUE SEGUE.
1-
NATUREZA E FINALIDADE DO ANO LITÚRGICO
O ANO LITÚRGICO ESTÁ DIVIDO EM TRÊS GRANDES PERÍODOS OU CICLOS (NATAL, PÁSCOA E TEMPO COMUM). Através deles, a igreja cristã celebra os grandes e mais importantes feitos de Deus.
O ANO LITÚRGICO ESTÁ DIVIDO EM TRÊS GRANDES PERÍODOS OU CICLOS (NATAL, PÁSCOA E TEMPO COMUM). Através deles, a igreja cristã celebra os grandes e mais importantes feitos de Deus.
Centrando
nos principais acontecimentos o ano litúrgico possibilita uma passagem pela
história de Deus
com
o seu povo.
Cada
evento, cada festa representa um aspecto da história da salvação. Celebrar
através do ano litúrgico significa não só revisitar os feitos de Deus no
passado, mas é também reatualizar (anamnese) a história do Deus-conosco no
presente de nossas vidas.
PERCORRER O ANO LITÚRGICO É PARA A COMUNIDADE CRISTÃ
CELEBRAR O QUE DEUS FEZ POR NÓS, O QUE DEUS FAZ POR NÓS E O QUE DEUS FARÁ POR
NÓS.
2-
A CENTRALIDADE DO ANO LITÚRGICO
Deus falou e fala para o seu povo de muitas formas, mas em Jesus, ele falou de um modo muito especial. Pois, em Jesus, Deus se tornou humano, assumiu a nossa condição, sentiu as nossas dores e conheceu nossas esperanças.
Deus falou e fala para o seu povo de muitas formas, mas em Jesus, ele falou de um modo muito especial. Pois, em Jesus, Deus se tornou humano, assumiu a nossa condição, sentiu as nossas dores e conheceu nossas esperanças.
Em Jesus, Deus mostrou o seu grande amor
por nós.
Como diz João 3.16: “Porque Deus amou o
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
O grande amor de Deus por seu povo é
revelado na morte e ressurreição de Jesus. Pois ele entregou o próprio Filho
pela nossa salvação, para que tenhamos a vida eterna.
PORTANTO,
O PONTO PRINCIPAL DA HISTÓRIA DA SALVAÇÃO É A ENTREGA DE JESUS NA CRUZ, A SUA
MORTE E RESSURREIÇÃO. ESTE É O ACONTECIMENTO MAIS IMPORTANTE QUE A COMUNIDADE
CRISTÃ CELEBRA, DOMINGO A DOMINGO, ANO APÓS ANO.
POR ISSO, O ANO LITÚRGICO TEM NA PÁSCOA A SUA FESTA MAIS
IMPORTANTE.
Podemos
dizer que ano litúrgico nasce com a finalidade de celebrar a grande obra
redentora de Cristo, mas esta obra é tão rica que não cabe numa única
celebração de domingo.
ENTÃO,
CADA FESTA DO ANO LITÚRGICO VISA A DESTACAR UM ASPECTO DIFERENTE DA VIDA DE
CRISTO.
O ANO LITÚRGICO, DESTA FORMA, TEM A FINALIDADE de revelar, “atualizando”,
toda a história da obra e redenção de Cristo, desde a vinda de Jesus a este
mundo até a sua morte, ressurreição, ascensão e o envio do Espírito Santo à sua
comunidade.
3- AS PRINCIPAIS FESTAS DO ANO LITÚRGICO E SEU SURGIMENTO
a) Domingo: festa
semanal do Senhor ressurreto
O livro de Atos dos Apóstolos fala sobre acontecimentos muito importantes que marcam o surgimento e a vida das primeiras comunidades cristãs.
O livro de Atos dos Apóstolos fala sobre acontecimentos muito importantes que marcam o surgimento e a vida das primeiras comunidades cristãs.
Ele conta, por exemplo, que havia um grupo que
se reunia para orar, ler as Escrituras e partir o pão (At 1.14; 2.42); ele fala do envio do Espírito Santo sobre
as pessoas que estavam reunidas (At 2). Segundo Atos 20.7-12, os cristãos se reuniam para celebrar a Ceia
e o faziam semanalmente, num dia específico. Era no primeiro dia da semana, ou
seja, no domingo.
Justino,
um mártir do cristianismo que viveu de 100-165 d. C., escreveu que os cristãos
se reuniam no domingo para celebrar a fé na ressurreição de Jesus Cristo.
O DOMINGO,
PORTANTO, FOI O PRIMEIRO MARCO NA OBSERVÂNCIA DO TEMPO LITÚRGICO NA VIDA DAS
PRIMEIRAS COMUNIDADES CRISTÃS. ESSE DIA ERA COMEMORADO, NA COMUNIDADE CRISTÃ,
COMO O ANIVERSÁRIO SEMANAL DA RESSURREIÇÃO DE JESUS .
Esse era o acontecimento
mais importante para a fé da comunidade cristã. Através da reunião semanal, a cada domingo, celebrando a Ceia do
Senhor, as primeiras comunidades cristãs davam testemunho da ressurreição de
Jesus. Cada domingo é uma pequena Páscoa .
O
DOMINGO, PORTANTO, COMO DIA DO SENHOR, É A PRIMEIRA FESTA DOS CRISTÃOS CUJO
CENTRO É A RESSURREIÇÃO DE CRISTO.
b) Páscoa: a primeira
festa anual da Igreja
NÃO HAVIA, ATÉ O FINAL DO SÉCULO 1, UMA FESTA ANUAL DA PÁSCOA. A PARTIR DO SÉCULO 2, ISSO MUDOU.
NÃO HAVIA, ATÉ O FINAL DO SÉCULO 1, UMA FESTA ANUAL DA PÁSCOA. A PARTIR DO SÉCULO 2, ISSO MUDOU.
Além da celebração semanal do Senhor
ressurreto, foi se desenvolvendo uma grande celebração anual da Páscoa.
Essa festa era marcada, sobretudo, pela
vigília, no entardecer do sábado, cujo o ponto mais importante era a passagem de Cristo da morte para a
ressurreição .
NOS TRÊS PRIMEIROS
SÉCULOS, A PAIXÃO, MORTE E RESSURREIÇÃO DE CRISTO ERAM COMEMORADAS EM CONJUNTO
NA PÁSCOA.
SÓ NO SÉCULO 4 SURGE A SEMANA SANTA.
A
comunidade cristã preferiu celebrar cada acontecimento dos últimos dias da vida
Jesus, em dias separados. E cada dia recebeu uma ênfase: Quinta-Feira -
celebração da última Ceia de Jesus com seus discípulos (paixão); Sexta-Feira -
crucificação e morte de Jesus (morte); Sábado Santo ou Sábado de Aleluia –
véspera de Páscoa que culmina com a Vigília Pascal (ressurreição).
A DIVISÃO DA
CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA PARA ESSES TRÊS DIAS FORMA O QUE CHAMAMOS HOJE DE TRÍDUO PASCAL
.
ESSES
SÃO CONSIDERADOS OS TRÊS DIAS MAIS SIGNIFICATIVOS DO CALENDÁRIO CRISTÃO .
A esses dias, ainda se
agregam o Domingo de Ramos/Paixão, quando se lembra a entrada de Jesus em
Jerusalém, que dá início à Semana Santa.
AO REDOR DO
NÚCLEO PASCAL SE DESENVOLVERAM DOIS OUTROS PERÍODOS:
O
DA QUARESMA (40 DIAS ANTES DA PÁSCOA ) E O DO TEMPO PASCAL, QUE CORRESPONDE AOS
CINQÜENTA DIAS ANTES DO DIA DE PENTECOSTES.
-
O Tempo pascal (quer dizer, os 50 dias que se estendem desde a celebração da
Páscoa até o Dia de Pentecostes) foi, desde o seu surgimento, mais importante
que os 40 dias da Quaresma.
Agostinho,
um pai da Igreja Antiga, diz que “ ‘esses dias após a ressurreição do Senhor
formam um período não de labor, mas de paz e alegria. É por isso que não há
jejum e se ora em pé, sinal da ressurreição. (...) e o aleluia é cantado para
indicar que nossa futura ocupação não será outra senão o louvor a Deus ”
O
QUE FOI DESTACADO ATÉ AQUI SOBRE O TEMPO LITÚRGICO NOS MOSTRA A CENTRALIDADE DA
PÁSCOA E DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO NA VIDA DE CULTO DA COMUNIDADE CRISTÃ DESDE
O SEU SURGIMENTO.
ESSE EVENTO CENTRAL DA VIDA
CRISTÃ ERA E É COMEMORADO:
- NUM DIA POR SEMANA, O DOMINGO;
- NUMA FESTA ANUAL, A
PÁSCOA;
- E NUM PERÍODO ANUAL, O
TEMPO PASCAL.
Isso mostra a importância
que a páscoa, como festa do senhor morto e ressurreto, assume na vida da igreja.
ISSO NOS LEVA A
PERGUNTAR: DE QUE MANEIRA NÓS, COMUNIDADES CRISTÃS ATUAIS, ESTAMOS COMEMORANDO
A PÁSCOA? QUE LUGAR (OU IMPORTÂNCIA) ESSA FESTA ASSUME EM NOSSAS COMUNIDADES?
c) Pentecostes e
Ascensão
A FESTA DE PENTECOSTES OCUPOU O SEGUNDO LUGAR EM IMPORTÂNCIA NA VIDA DA IGREJA.
A FESTA DE PENTECOSTES OCUPOU O SEGUNDO LUGAR EM IMPORTÂNCIA NA VIDA DA IGREJA.
Com esta festa, os cristãos
comemoravam o aniversário da Igreja.
Conforme Atos 2.1-41,
como um vento, línguas de fogo pairavam sobre os discípulos e eles começaram a
falar em outras línguas, espalhando a boa nova do Evangelho a muitos lugares.
O
envio do Espírito Santo havia sido prometido por Jesus aos seus discípulos (cf.
Atos 1.8). Pelo poder do Espírito Santo, os discípulos se sentiram animados,
tornando-se, assim, testemunhas do Cristo ressurreto.
Assim surgem e se desenvolvem as primeiras
comunidades cristãs.
- ORIGINALMENTE,
PENTECOSTES INCLUÍA A COMEMORAÇÃO DA ASCENSÃO DE JESUS. Entendia-se que
Cristo havia subido aos céus e enviado o Espírito Santo aos seus e às suas
fiéis.
- MAIS TARDE, E ASSIM É HOJE, ESTAS FESTAS
FORAM SEPARADAS:
·
O Dia da Ascensão é comemorado aos 40 dias depois da
celebração da Páscoa;
·
e o Dia de Pentecostes, comemorado aos 50 dias depois da
celebração da Páscoa.
d) Epifania
ESTE FOI O TERCEIRO EVENTO MAIS IMPORTANTE DO CALENDÁRIO CRISTÃO. Surgiu antes da festa de Natal e é comemorado em 6 de janeiro.
ESTE FOI O TERCEIRO EVENTO MAIS IMPORTANTE DO CALENDÁRIO CRISTÃO. Surgiu antes da festa de Natal e é comemorado em 6 de janeiro.
A PARTIR DESSA DATA
SEGUE O TEMPO COMUM ATÉ A QUARESMA, CONHECIDO COMO TEMPO APÓS EPIFANIA.
Epifania é uma festa que celebra a manifestação ou encarnação de
Deus no mundo através da obra de Jesus Cristo.
Com
esta festa, a comunidade cristã lembra tanto o nascimento de Jesus (visita dos
reis magos do Oriente) quanto o começo do ministério de Jesus aqui na terra, a
partir do seu batismo, quando, então, Jesus foi declarado “meu Filho amado”.
NO
TEMPO APÓS EPIFANIA (OU TEMPO COMUM) A IGREJA ENFATIZA AS DIVERSAS FORMAS COM
QUE JESUS SE MANIFESTOU A NÓS ATRAVÉS DOS SEUS MILAGRES E ENSINAMENTOS SOBRE
O
REINO DE DEUS.
e) Natal
O NATAL CELEBRA A AUTODOAÇÃO DE DEUS NO NASCIMENTO DE JESUS.
O NATAL CELEBRA A AUTODOAÇÃO DE DEUS NO NASCIMENTO DE JESUS.
A primeira menção à festa de Natal ocorre em
354 d.C. num documento romano que assinala o dia 25 de dezembro como dia do
nascimento de Cristo. Esta festa competia com uma festa não-cristã chamada Sol
Invictus (sol invencível).
Para
os cristãos, Cristo era o verdadeiro sol invencível, o “sol da graça, luz do amor,
da justiça o resplendor”. No Natal, portanto, se comemora a vinda do Messias, o
Salvador prometido, o justo, que veio redimir e salvar o povo de Deus das
trevas do pecado, da injustiça e da morte.
f) Advento
PARALELAMENTE À QUARESMA, O ADVENTO SURGE COMO TEMPO DE PREPARAÇÃO PARA A VINDA DO SALVADOR.
PARALELAMENTE À QUARESMA, O ADVENTO SURGE COMO TEMPO DE PREPARAÇÃO PARA A VINDA DO SALVADOR.
Ele
tem caráter de penitência, pois lembra que o Filho de Deus veio em pobreza e
humildade (e foi morto na cruz para salvar o mundo).
INICIA
QUATRO SEMANAS ANTES DO NATAL.
Enquanto se prepara, a comunidade cristã reflete sobre a vinda do Salvador.
É UMA ÉPOCA DE AGRADECIMENTO PELA DÁDIVA DE
DEUS A NÓS, EM CRISTO, E, AO MESMO TEMPO, É EXPECTATIVA PELO QUE HÁ DE VIR, OU
SEJA, A SEGUNDA VINDA DO SENHOR.
g) Tempo comum
O TEMPO COMUM ABRANGE DOIS PERÍODOS DO ANO. O PRIMEIRO É O QUE CHAMAMOS DE TEMPO APÓS EPIFANIA E O SEGUNDO, É O TEMPO APÓS PENTECOSTES.
O TEMPO COMUM ABRANGE DOIS PERÍODOS DO ANO. O PRIMEIRO É O QUE CHAMAMOS DE TEMPO APÓS EPIFANIA E O SEGUNDO, É O TEMPO APÓS PENTECOSTES.
TEMPO APÓS
EPIFANIA INICIA, especificamente, na segunda-feira que
segue o domingo depois de 06 de janeiro e se estende até terça-feira antes de
carnaval ou início da Quaresma.
O TEMPO COMUM
É AÍ INTERROMPIDO, SENDO RETOMADO, ESPECIFICAMENTE, NA SEGUNDA-FEIRA DEPOIS DE
PENTECOSTES, OU NO DOMINGO DA TRINDADE, TAMBÉM CHAMADO PRIMEIRO DOMINGO APÓS
PENTECOSTES.
O TEMPO COMUM TERMINA NO
ÚLTIMO DOMINGO APÓS PENTECOSTES, O QUAL É CHAMADO DE CRISTO REI OU, COMO É
CONHECIDO DOMINGO DA ETERNIDADE.
A TRINDADE é a festa em que a Igreja celebra o
mistério de Deus, aquele que se manifesta ao mundo através do Deus criador, do
Filho redentor e do Espírito Santo consolador.
O TEMPO COMUM LEMBRA A
ATUAÇÃO DA IGREJA NO MUNDO, OU O SEU PEREGRINAR DIÁRIO, MOVIDA PELA AÇÃO DO ESPÍRITO
SANTO. Dentro desse
período, as diversas igrejas também comemoram suas festas específicas. Como por
exemplo, nas igrejas luteranas, o Dia da Reforma, em 31 de outubro.
5. A DIVISÃO DAS FESTAS CONFORME OS GRANDES CICLOS DO ANO LITÚRGICO
a)
Ciclo da Páscoa
O CICLO DA PÁSCOA CORRESPONDE AOS SEGUINTES PERÍODOS CELEBRATIVOS:
O CICLO DA PÁSCOA CORRESPONDE AOS SEGUINTES PERÍODOS CELEBRATIVOS:
Quaresma – inicia com a Quarta-feira de Cinzas
e encerra com a Quinta-feira Santa, inclusive.
Tríduo Pascal – inicia com a noite de Quinta-feira
Santa (celebração da Última Ceia) e encerra na tarde do Domingo da Ressurreição
(Páscoa).
Tempo Pascal – refere-se aos cinquenta dias entre
o Domingo da Ressurreição (Páscoa) e o Domingo de Pentecostes, inclusive.
b)
Ciclo do Tempo Comum
O Tempo Comum inclui o
período após 06 de janeiro, quando inicia o Primeiro Domingo após Epifania, e
segue até a terça-feira de carnaval;
é interrompido pelo Ciclo Pascal e reinicia depois de Pentecostes, com o
chamado Domingo da Trindade; é concluído na véspera do Primeiro Domingo de
Advento, com a festa de Cristo Rei ou Domingo da Eternidade (Último Domingo do
ano eclesiástico).
c)
Ciclo do Natal
Este Ciclo inicia no Primeiro Domingo de Advento e encerra com a festa de Epifania, comemorada em 06 de janeiro. O batismo de Jesus faz parte das festas epifânicas, ou seja, das festas que celebram a manifestação do Senhor; é celebrado no primeiro domingo após 06 de janeiro.
Este Ciclo inicia no Primeiro Domingo de Advento e encerra com a festa de Epifania, comemorada em 06 de janeiro. O batismo de Jesus faz parte das festas epifânicas, ou seja, das festas que celebram a manifestação do Senhor; é celebrado no primeiro domingo após 06 de janeiro.
6. CONCLUSÃO
A
observância do Ano litúrgico ou eclesiástico leva a comunidade cristã a
perceber que o seu culto possui grande variedade.
Culto
cristão, mesmo que acontece dentro de um ritual básico (com elementos
ordinários), não é uma repetição das mesmas coisas a cada semana.
O Ano litúrgico mostra que o culto possui um
centro, um núcleo teológico importante que podemos chamar de “evento de Cristo”
(cruz, morte e ressurreição de Jesus), mas, esse núcleo se desdobra em variados
temas relevantes.
O
evangelho é demasiadamente amplo e profundo para ser todo ele desdobrado num
único culto, numa única festa ou num único ciclo festivo.
Cada
vez que uma comunidade se reúne para o culto, ela nutre a sua fé com o mesmo
evangelho, o mesmo Cristo ou o mesmo Deus.
Mesmo
assim, cada culto é diferente. Até mesmo as pessoas, mesmo sendo as mesmas,
vivem momentos diferentes e recebem a mensagem do mesmo evangelho cada vez de
um novo jeito.
O
Ano litúrgico é um instrumento que facilita o desdobramento do evangelho, de
forma que a mensagem da salvação sempre tenha um novo enfoque.
Deus é o mesmo ontem, hoje e o será para
sempre, mas a sua mensagem chega a nós sempre de maneira atual e renovada.
SAIBA MAIS VENDO SLIDES EXPLICATIVOS:
Calendário Eclesiástico (Festas fixas e móveis)
INTRODUÇÃO
É o calendário oficial da Igreja Católica Apostólica Romana, sendo adotado, via de regra, em todos os países católicos e também em alguns protestantes. Ele é misto, sendo regulado tanto pelo ano solar como pelo lunar, dando origem às festas móveis.CALENDÁRIO DAS FESTAS MÓVEIS
Observações:
1) A Festa do Sagrado coração de Jesus Comemora-se sempre no 2º. Domingo após Pentecostes
2) * ”Paixão”, acima, refere-se à sexta feira que antecede a Páscoa. Não confundir com “Domingo da Paixão” (hoje o 5º. Domingo da Quaresma) que é o Domingo que antecede Ramos.
POR QUÊ A IGREJA ESTABELECEU AS FESTAS MÓVEIS?
Nos tópicos seguintes iremos estudar por quê a Quarta-Feira de Cinzas e a Páscoa não possuem data fixa de comemoração.
Todas as festas da Igreja que tem como ponto de referência a Páscoa, são denominadas festas móveis porque baseadas no calendário lunar (judaico) e adaptadas ao nosso calendário (gregoriano). Comecemos relembrando, em resumo, o significado da Páscoa Judaica e da Páscoa Cristã:
PASCOA JUDAICA (breve resumo) - No Antigo Testamento, sabemos que Moisés, sob a guia divina, tornou-se chefe do povo oprimido que encontrava-se sob o jugo dos egípcios, adversários do povo eleito, sob o comando do Faraó que usava de seus poderes terrenos para contrariar os planos divinos. Deus manifesta seu poder através de Moisés, mediante diversos sinais e castigos, mas o coração endurecido do Faraó não acena com nenhum sinal de arrependimento. Durante a libertação do povo guiado por Moisés, Deus institui a celebração da Páscoa através de Moisés e Aarão, mandando dizer a toda a assembléia de Israel que tomasse um cordeiro que deveria ser imolado em data determinada, devendo seu sangue ser tomado, posto sobre as duas ombreiras e sobre a verga da porta da casa. Deus disse ainda que naquela noite passaria através do Egito para exercer sua justiça, ferindo de morte os filhos primogênitos dos Egípcios, mas que passaria adiante das casas marcadas com o sangue do cordeiro. E Deus mandou seu Anjo, e assim foi feito.
“Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra do Senhor: Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição perpétua” (Ex 12, 14)
Desta forma ficou instituída a a festa da Páscoa, comemorada até os dias atuais pelo povo judeu. O extermínio dos filhos dos egípcios testemunha que o povo eleito, libertado, terá que viver daí em diante, no temor de Deus e reconhecido o seu grande benfeitor. (Veja tudo sobre a instituição da Páscoa no Livro do Êxodo, cap. 12)
PÁSCOA CRISTÃ (breve esumo) - A instituição da Páscoa Cristã encontra-se na imolação de Cristo. Enquanto na primeira festa de Páscoa Deus liberta o povo da escravidão e proclama a sua Aliança com o povo de Israel, na segunda, o próprio Deus torna-se o Cordeiro Imolado para libertar o povo do jugo do pecado e do demônio. Desta vez, o Sangue de Jesus, do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, definitivamente liberta toda a humanidade com sua Paixão, Morte e Ressurreição.
“Purificai-vos do velho fermento, para que sejais massa nova, porque sois pães ázimos, porquanto Cristo, nossa Páscoa, foi imolado”. (I Cor 5, 7)
* * * * * * * * *
Recordando: Memorizados os aspectos centrais da Páscoa Judaica e da Páscoa Cristã, recordemos que Jesus veio ao mundo em cumprimento das Escrituras e por Seu desígnio foi crucificado justamente no dia da preparação da festa da Páscoa, para que, a partir de sua Paixão, Morte e Ressurreição fosse instituída a Nova Aliança. Para que fosse instituída a grande e solene Páscoa, como num reflexo pleno da primeira festa de Páscoa.
CONCLUINDO:
Como a festa da Páscoa Judaica, coincide exatamente com o dia da imolação de Cristo, estabeleceu-se já naquele momento, por desígnio de Deus, o dia 14 de Nisã (do calendário judaico ou hebraico), como data de referência à comemoração da Páscoa Cristã. (Encontro da Primeira com a Segunda Aliança)
Assim, a Páscoa judaica é sempre celebrada na 1ª. lua cheia da primavera do hemisfério norte, na noite de 14 para 15 de Nisã . A Páscoa Cristã ficou fixada como o 1ª Domingo posterior à referida 1ª lua cheia, ou seja, no primeiro domingo após a comemoração da Páscoa dos Judeus.
Como o calendário judaico é baseado nos ciclos da lua, explica-se os motivos da variação em nosso calendário, que é solar e por isso, para nós, o Domingo de Páscoa varia entre 22 de março e 25 de abril. Fixado, assim, a festa da Páscoa para determinado ano, todas as outras festas também se movem desde a septuagésima até Corpus Christi, conforme a tabela do início deste artigo.
Em síntese: É usado como referência não o nosso calendário, mas sim o judaico. Fixada a data da Páscoa pelo calendário judaico, adaptamos tal data ao nosso para que a partir daí, possamos estabelecer as datas, desde a septuagésima até Corpus Christi, conforme da grade abaixo. Estabelecido o dia da Páscoa, aí sim, todas as outras festas móveis o acompanham.
O Carnaval apesar de ser uma festa pagã, também se move com o calendário eclesiástico e é sempre comemorado sete domingos antes do Domingo de Páscoa. As festas são permitidas até a quarta-feira de cinzas, quando inicia-se a Quaresma, tempo de 40 dias de jejum e abstinência em preparação à festa da Páscoa, ou seja, data que celebramos a Ressurreição de Cristo.
Obs: A Festa do Sagrado coração de Jesus Comemora-se sempre no 2º. Domingo após Pentecostes
PRINCIPAIS FESTAS FIXAS
Como o próprio nome sugere, “festas fixas” são aquelas cujas datas de comemoração não variam, permanecem sempre imutáveis conforme estabelece o Calendário Romano Geral. São tipificadas por festa ou solenidade. As demais comemorações que não pertençam à grade abaixo, por exemplo, de um santo padroeiro, são tipificadas em memória.
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FONTE :
http://blog.cancaonova.com/luzdomundo/calendario-eclesiastico/
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