VOCÊ SABE PORQUE ENFEITA SUA CASA NA ÉPOCA DO NATAL?
O QUE SIGNICA ESSES ENFEITES ?!
DE ONDE VEM A TRADIÇÃO DO PAPAI NOEL?!
FIQUE POR DENTRO:
Os símbolos do natal
Maria do Carmo Andrade
Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco
Enfeitar as
casas com folhagens e dar presentes às crianças e aos pobres era um hábito
romano, quando se comemorava o dia 1º de janeiro. Acrescentaram-se a esses
costumes os ritos natalinos germânicos e célticos, quando as tribos teutônicas
penetraram na Gália, na Grã-Bretanha e na Europa Central.
O bolo de Natal, as folhagens, o pinheiro, os presentes e as
saudações comemoram diferentes aspectos dessa festividade. Os fogos e as luzes
são símbolos de ternura e vida longa. O costume dos pinheiros natalinos, a
árvore de Natal, difundiu-se durante o século XIX, mas desde o século XIII, São
Francisco de Assis já o adotara, seguido nos paises latinos, de representar o
nascimento de Jesus Cristo com figuras em torno do presépio de Belém.
Presépio:
José e
Maria iam para Belém, na Judéia, quando Maria sentiu que a criança ia nascer.
Procuraram então, um lugar sossegado e encontraram uma gruta que servia de
curral (ou presépio, do latim praesepiu,
lugar onde se recolhe gado; curral; estábulo). No local, improvisaram um berço,
forrando de palhas a manjedoura (lugar de manjar, de comer) dos animais.
Vem daí o
costume do presépio. Além da Sagrada Família (José, Maria e Jesus), apareceram
também cordeiros, bois, asnos, galos e outros animais próprios de curral.
Reis Magos:
Os Reis Magos foram personagens que, guiados por uma estrela,
viajaram até Belém para adorar Jesus. Mago é expressão que vem de Heródoto,
420aC, referindo-se a todos os que se interessavam pelas coisas do céu – hoje,
equivalente a astrônomos e astrólogos. Os magos vieram do Oriente a Jerusalém.
Eles diziam ter seguido uma estrela diferente das outras e chegaram a Belém em
camelos, para adorar o menino Jesus e oferecer-lhe presentes.
O primeiro presente foi ouro, o segundo incenso e o terceiro mirra
(resina extraída de árvore nativa da África, que serve para fabricação de
perfumes). O mago Melquior era europeu, o Baltazar era africano e Gaspar era
asiático. O 6 de janeiro é o dia consagrado aos magos, data que encerra o ciclo
de Natal, o chamado Dia
de Reis.
Estrelas:
São astros
luminosos que mantêm praticamente as mesmas posições relativas na esfera
celeste, e que, observados a olho nu, apresentam cintilação. Há estrelas de
várias magnitudes e algumas são bem conhecidas: Estrela Polar, no hemisfério
norte, serve de guia para os navegantes; Estrela D’ alva é o planeta Vênus,
quando aparece pouco antes do amanhecer; A estrela de Natal é a de Belém,
também chamada de estrela guia, por ter mostrado aos Reis Magos o lugar do
nascimento de Jesus.
Papai Noel:
Personagem
lendária, representada por um velho de barbas brancas e roupas vermelhas que,
na noite de Natal, distribui brinquedos e presentes. Nos filmes e desenhos
animados, o Papai Noel vem do Pólo Norte em um trenó puxado por renas. A rena é
um animal originário da Finlândia, mamífero e resistente. Os lapônios
e esquimós as domesticam e as empregam como animais de carga.No
Brasil, por causa do clima, não há renas nem em zoológicos.
A
história do Papai Noel, remonta ao século IV, quando o rico bispo Nicolau de
Mira costumava jogar moedas de ouro por onde passava. Essas moedas eram
recolhidas pela população, mas algumas caiam dentro de vasilhames, dentro de
sapatos, às vezes nos buracos das chaminés, etc. e ficavam temporariamente
perdidas, até quando casualmente eram encontradas, constituindo-se o fato
numa agradável surpresa, assim como receber um presente.
Daí
todos os anos, no dia 6 de dezembro, crianças colocavam meias e sapatos nas
janelas, ou próximos das chaminés, na esperança de, no dia seguinte,
encontrarem as moedas de São Nicolau. Porém, como já não existia o bispo, os
pais, para manterem a ilusão, continuaram a colocar moedas e mais tarde,
presentes para suas crianças.
O
costume foi disseminado por todo o Ocidente e para manter a tradição de São
Nicolau e escapar da censura da Reforma Protestante, que proibia o culto aos
santos, os holandeses mudaram o nome de São Nicolau para Sinter Klaas. E, em
decorrência dessa medida, cada povo trocou o nome ou a pronúncia. Para os
franceses, Nicolau era pai do Natal - Père Noël. Em Portugal, Père
foi traduzido para papai, mas não traduziram Noël, que é Natal em Português.
Então, ficou Papai Noel.
Árvore de Natal:
O
costume de usar plantas e folhagens como símbolo e como enfeite vem da
antiguidade. Os romanos já comemoravam o Ano Novo, enfeitando suas casas com
folhagens. A árvore de Natal é originalmente o pinheiro, embora hoje existam
muitas versões.
O pinheiro é
um arbusto das regiões frias. Foi escolhido para árvore de Natal por não perder
as folhas no outono e permanecer verde no inverno, mesmo quando coberto pela
neve. Com o passar do tempo, a partir do século XV, surgiram os pinheiros
decorados com maçãs e pequenas hóstias brancas. A prática foi copiada por
outros povos, trocando-se apenas os enfeites. É comum no período do Natal as
famílias armarem suas árvores, cada uma mais original do que a outra.
Sinos:
Instrumento
em geral de bronze, em forma de cone invertido, que é percutido na superfície
interna por um badalo ou na externa por um martelo, produzindo sons. Geralmente
é colocado nas torres e campanários. Do latimsignu;
sinal. Era usual tocarem os sinos nas torres das igrejas, chamando o povo que
se mantinha entretido passeando nas festas de rua ou assistindo aos folguedos
natalinos, como as cheganças, os fandangos, as marujadas e outros, para
assistir a missa do galo. Era o sinal dizendo que a missa já ia começar. O sino
também é representado pelas guirlandas que enfeitam a porta principal das
casas. A letra da música natalina Sinos
de Belém diz:
Bate o sino pequenino, sino de Belém, já nasceu Deus menino para o
nosso bem...
Vela:
Para
o cristianismo a vela representa a fé, a luz, a presença do Cristo. Eu sou a luz do mundo; aquele que me
segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida (João 8,
12). As velas estão presentes nas alegrias e nas tristezas. Pode-se dizer que a
vela esta nas cerimônias de vida e morte. Antigamente muitas árvores de Natal
eram iluminadas por velas.
Cartão de Natal:
A palavra
cartão se refere a um papel encorpado, papelão. No cartão-postal, em uma das
faces, há uma ilustração e na outra, espaço reservado para a correspondência. O
primeiro cartão de natal surgiu, casualmente, na Inglaterra, em 1845. O pintor
John Calcott Horsley desenhou uma família ao redor de uma mesa farta. Na
cabeceira, o dono da casa distribuía comida a crianças pobres. Complementando o
cartão, escreveu uma mensagem que lhe pareceu oportuna àquela festa. A Merry Christams and a Happy New
Year (Um alegre Natal e um feliz Ano Novo).
Os direitos
autorais desse pequeno quadro foram adquiridos por Henry Cole, que mandou
imprimir mil cópias e as distribuiu com amigos. Aos poucos, a iniciativa
começou a ser imitada, ganhou popularidade por volta de 1875, quando o
litógrafo Louis Prang, em Boston, começou a imprimir e vender cartões de natal
coloridos. A imagem ia mudando mas permaneceram, em todas elas, aquelas
palavras do primeiro cartão. Esse costume virou tradição.
Hoje
utiliza-se muito e-mail, facebook, sms, etc que permanece perpetuando esse
costume na era da informática.
Música:
O Natal tem também suas músicas específicas, que fazem não só a noite de Natal,
mas todo o ciclo natalino, mais belo. As músicas natalinas contribuem para
despertar no homem os sentimentos de fraternidade, de reconciliação e caridade.
Antigamente, não havia músicas com temas natalinos. A primeira surgiu no Natal
de 1820, na Áustria, Silent
night, holly night, de Fraz Grubert e Josef Mohr. Surgiram versões
em todas as línguas e no Brasil, ela foi intitulada de Noite Feliz.
Depois veio
a inglesa White
Christmas de Irving Berlin para o filme Holiday Inn. Em
Portugal, a preferida é Adeste
Fildelis, escrita em latim por autor desconhecido. Outra bastante
conhecida é Jingle
Bells de James Pierpont, Boston, 1857. No Brasil ela é
conhecida por Sinos
de Belém.
Fonte: ANDRADE, Maria do
Carmo. Símbolos do
Natal. Pesquisa
Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível
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